Por Luis Henrique Ribeiro Gabriel
Há quase dois anos estamos enfrentando uma crise sanitária, que atingiu as pessoas no mundo inteiro, com consequências traumáticas em todos os níveis e afetando de forma restritiva toda a área da saúde.
Como seria de se esperar, a hemoterapia foi continuamente impactada por esta crise pandêmica, desde o início, em todos os seus aspectos. Já no início, ela nos exigiu adaptação frente a mudanças na segurança de doadores, pacientes e colaboradores e a mudança de processos em saúde. Lidamos ainda com o aumento da demanda versos a insuficiência de insumos, a suspensão do atendimento eletivo e, ao mesmo tempo, o uso emergencial de hemocomponentes, como o plasma convalescente, que na ausência de tratamento específico para a Covid-19 e ainda com a vacina em desenvolvimento, foi intensamente utilizado.
E ainda tínhamos a necessidade de manutenção do estoque de hemocomponentes para atendimentos de urgência, pacientes em quimioterapia, eventos hemorrágicos, cirurgias e UTIs, o que a falta, poderia causar grandes danos no atendimento da saúde da população.
Continuamos atuando mesmo com a contaminação dos doadores e colaboradores pelo novo coronavírus. A ansiedade gerada pelo aumento da testagem maciça da população com resultados de exames positivo e a própria falta de conhecimento sobre esta doença, também foram desafios.
E durante todo esse período, fomos continuamente apoiados por um grupo de pessoas que foi de total importância para superamos essa crise. Cidadãos que superaram a insegurança, as polêmicas, a dificuldade de deslocamento, a situação econômica e ainda superando até o seu momento de dificuldades pessoais com suas próprias perdas, por total altruísmo e desejo de ajudar ao próximo sem nenhum benefício pessoal. O doador de sangue.
Nosso doador de sangue mostrou-se altruísta, empático, disponível e genuinamente preocupado com o bem-estar do próximo. Atendendo prontamente quando convocado, comparecendo como voluntário, insistindo em doar e até convencendo a outros da importância de doar neste momento. Nos mostrando a face de bondade dos brasileiros, que foi um dos portos-seguros neste momento.
A família Hemolabor, agradece a esses heróis que, através de seus atos, mostraram que são gente que gostam, muito, de gente. Nosso muito obrigado doador de sangue. É o que todos nós temos a dizer neste dia, seu dia, Dia Nacional do Doador de Sangue.
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Luis Henrique Ribeiro Gabriel é Diretor do Banco de Sangue Hemolabor e hemoterapeuta