A taxa de desocupação nacional, percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho, subiu para 14,7% no primeiro trimestre deste ano, uma alta de 0,8 ponto percentual na comparação com o último trimestre de 2020 (13,9%). Isso corresponde a mais 880 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões na fila em busca de um trabalho no país. É a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C) referente ao 1º trimestre de 2021, divulgada hoje (27) pelo
Em Goiás, a taxa de desocupação foi de 13,5% no primeiro trimestre de 2021. O índice apresentou estabilidade frente ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2020), porém cresceu 2,2 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (janeiro a março de 2020).
Em números absolutos, a PNAD C estima que havia 485 mil desocupados no trimestre analisado. Os desocupados são as pessoas que estavam sem trabalho na semana de referência e tomaram alguma medida para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras atitudes, no período de 30 dias. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito.
“Esse aumento da população desocupada é um efeito sazonal esperado. As taxas de desocupação costumam aumentar no início de cada ano, tendo em vista o processo de dispensa de pessoas que foram contratadas no fim do ano anterior. Com a dispensa nos primeiros meses do ano, elas tendem a voltar a pressionar o mercado de trabalho”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
Contratos de trabalho
A taxa de informalidade permaneceu estável em Goiás no primeiro trimestre de 2021 quando comparada com o trimestre imediatamente anterior. A quantidade de trabalhadores dessa categoria foi estimada em 1,268 milhão de pessoas (40,9% da população ocupada), enquanto o estimado no trimestre anterior foi de 1,248 milhão de pessoas (40,3% da população ocupada).
Por outro lado, boa parte dos ocupados com empregos formais perderam seus postos de trabalho quando comparados o primeiro trimestre de 2021 com o último de 2020. Os empregados do setor privado foram os que mais sofreram com a perda: 39 mil trabalhadores. Houve perda de 2 mil empregadores com CNPJ, mil trabalhadores domésticos com carteira assinada e mil empregados do setor público também com carteira assinada. Apenas a categoria dos trabalhadores por conta própria com CNPJ teve aumento (19 mil trabalhadores).
Em relação aos grupamentos de atividades no trabalho principal não houve variação estatisticamente significativa entre o primeiro trimestre de 2021 e o quarto trimestre de 2020. Contudo, houve variação significativa quando comparado ao mesmo período do ano anterior, havendo queda para os trabalhadores: do Serviço doméstico (-22,2%), da Indústria (-15,4%), e do Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-7,0%). Não houve grupamento com variação positiva entre 2020 e 2021.