Por Marcus Tabosa

Uma empresa que não se preocupa com a gestão de dados está fadada a errar mais vezes. Em um mundo corporativo cada vez mais competitivo e sedento por inovação, estão surgindo novas dores e desafios relacionados, principalmente, ao crescimento de organizações de todos os tamanhos e setores. O que muitos não conseguem ver, é que a resposta para começar esse desenvolvimento pode estar dentro da própria empresa, correndo solta pelas nuvens. Basta mensurar, analisar e gerar insights que possibilitem sair do famoso feeling, começando então a tomar decisões baseadas em dados.

Se você tem ou pensa em ter seu próprio negócio, precisa determinar quais são seus objetivos e quais medidas serão tomadas para alcançá-los. Grande parte das empresas ainda estão utilizando a intuição para tomar decisões que afetam seu crescimento, e isso pode até ter dado certo em alguns momentos, mas é algo que está se tornando cada vez mais obsoleto e não mensurável. Afinal, como saber se uma decisão X foi melhor que a Y? Você está no caminho certo? Como fazer com que uma ação tenha a tendência de ser assertiva antes mesmo de tomá-la? São perguntas que você só consegue responder se perguntando: Onde estão os dados para me apoiar na tomada de decisão?

A princípio, começar a utilizar os dados a seu favor pode parecer algo difícil de ser executado, mas não se engane, basta dar o primeiro passo. Isso porque, fazer o uso de dados não é só criar um relatório no PowerBI ou um gráfico no Excel, vai além de Business Intelligence (BI). A gestão por dados começa quando você entende o que é estratégico para sua empresa, repassa isso para todos os departamentos e finaliza com um dashboard em uma ferramenta (qual? Não importa, desde que ela permita visualizar, medir e gerir informações).

Como todo processo, o gerenciamento de dados também possui seus desafios. Existem casos em que a gestão de dados vira uma vaidade, um atributo qualquer da empresa. Os analistas criam dashboards de todos os tipos e cores que, no final, ninguém olha. Nesses casos, de duas uma: ou o empreendedor gosta de gerir pelo feeling, porque acredita que “ele quem fez a empresa chegar até aqui”, ou as métricas analisadas não significam absolutamente nada. Por isso, para uma boa gestão de dados sempre será necessário ter objetivos claros e profissionais capacitados para conduzir e analisar dados. Um outro grande desafio, até comum entre as empresas, é a integração e a ingestão de dados cada vez mais descentralizada. Hoje você consegue contratar um software com uma facilidade tão grande, que quando para observar, existem cerca de seis softwares diferentes dividindo as informações da empresa. Mas não se preocupe, você consegue unir todos esses dados com um processo de engenharia chamado ingestão de dados, capaz de ingerir, tratar e/ou disponibilizar essas referências de forma centralizada, via programação.

Se já é do seu conhecimento os inúmeros benefícios competitivos que uma boa gestão de dados pode proporcionar, é hora de começar a agir. Comece estruturando seus KPIs (termo referente a Key Performance Indicator), eles são seus indicadores de desempenho e performance em qualquer segmento ou área. Depois, faça uma planilha que irá pegar os principais resultados de indicadores que você acha importante, tanto estratégicos quanto os táticos e operacionais de todas as áreas. Entenda o que é relevante ser medido e contrate bons profissionais da área.

Seguindo esses passos, em pouco tempo você terá dados suficientes para auxiliar na tomada de decisões mais assertivas, que causem menos impactos negativos e que guiem ações para gerar cada vez mais resultados. Com isso, será mais fácil se destacar no mercado, o que consequentemente ajudará no crescimento da sua empresa.

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Marcus Tabosa

Cientista de dados, programador e atualmente CTO na Yellot. Com um portfólio grande de startups/empresas trabalhadas, sempre gostou de gerenciar equipes, times e o negócio baseado em dados, KPIs, desde o planejamento estratégico com uma metodologia baseada em dados (OKRs), até os famosos dashboards nas ferramentas de mercado.