Cooperativas de crédito goianas são capacitadas para operar FCO Digital

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Divulgação

Goiás teve, em 2022, R$ 3,2 bilhões de financiamentos aprovados pelo Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). Desse montante, R$ 2,4 bilhões foram de recursos direcionados para crédito rural. E, desde o ano passado, foi dado início ao processo de transição digital do FCO. Com o objetivo de preparar as cooperativas de crédito goianas para atuarem nessa nova modalidade, o Sistema OCB/GO realizou nesta quinta-feira (9/2), uma Capacitação em FCO Digital, no Espaço Inovacoop Goiás, em Goiânia. Cerca de 340 gestores e agentes de cooperativas de crédito goianas participaram do evento, que foi realizado presencialmente e de modo remoto.

A capacitação, realizada pelo Sistema OCB/GO, contou com o apoio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e da Secretaria de Estado da Retomada e a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) também foram parceiras da iniciativa.

Na abertura da programação, o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, destacou o acerto de realizar um evento voltado ao Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). “Este tema é de extremo interesse para as cooperativas de crédito. Precisamos trabalhar para aumentar de 10% para 20%, pelo menos, a fatia de recursos do FCO repassados pelos bancos cooperativos”, afirmou.

Luís Alberto declarou que o processo vai ganhar agilidade com o Sistema de Cartas-Consulta Digitais do FCO. Ele exaltou ainda a parceria com a Seapa e outros órgãos, como Emater e Retomada. “O cooperativismo está sempre aberto a parcerias. Queremos fazer outros eventos. Contem com a gente”, disse.

O gerente de Inteligência de Mercado, Petherson Santana, representou o titular da Seapa, Tiago Mendonça, no evento. Ele lembrou que a Capacitação em FCO Digital vem sendo construída a várias mãos há seis meses. “Com o FCO Digital, nós temos rastreabilidade e transparência, ou seja, o produtor consegue acompanhar todo o processo de tramitação da proposta, da entrada à aprovação. Isso é mais dinâmico, acessível e justo”, defendeu.

Santana também mostrou dados sobre a produção agropecuária e o cenário de crédito rural no Estado. “Goiás é o quinto maior tomador de crédito rural do País, com R$ 34,0 bilhões, e Rio Verde é a cidade que mais recebeu recursos no ano passado: R$ 3,2 bilhões. Crescemos muito, mas ainda há bastante espaço para crescer”, argumentou. Em todo o Brasil, o crédito rural movimentou R$ 340 bilhões em 2022.

Coordenadora-geral de Fundos e Desenvolvimento e Financeiro da Sudeco, Luciana de Sousa Barros contou que o órgão costumava receber reclamações de empresários que não conseguiam localizar suas cartas-consulta encaminhadas pelo sistema convencional (muitas vezes elaboradas à mão e tramitando em processos físicos). As queixas levaram o órgão a perceber a necessidade de acelerar a digitalização do sistema. “Das três regiões que têm Fundos Constitucionais de Financiamento, a Centro-Oeste é a primeira a ter uma ferramenta como o Sistema de Cartas-Consulta Digitais. Isso é inovador, e outros Estados já começaram a nos procurar pra entender a dinâmica”, elogiou.

Falando em nome do presidente da Emater, Pedro Leonardo Rezende, o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Agência, Antelmo Teixeira, ressaltou que a Emater presta assistência aos produtores também na área de crédito rural e está à disposição para ajudar na aplicação dos recursos. “Temos técnicos em mais de 200 municípios, e queremos que cada vez esses recursos cheguem mais rápido na ponta. A informatização vai encurtar bastante o tempo de apreciação dos projetos, e o empresário, seja ele rural ou industrial, terá o recurso para aplicar na empresa, nos produtos e gerar mais empregos, que é o que precisamos neste país de tanta pujança no empreendedorismo”, afirmou.

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