Cerca de 200 vans de transporte escolar devem realizar o fretamento de vans para o transporte de trabalhadores da indústria e do comércio da Grande Goiânia a partir dos próximos dias. O objetivo é oferecer uma condução mais segura e confortável, reduzir a pressão sobre o transporte público e atender um segmento que está há um ano sem poder trabalhar. Portanto, sem renda. É o que ficou acertado na reunião dos líderes do Fórum Empresarial do Estado, organizada pelo Sistema OCB/GO, com a Cooperativa de Transporte Escolar e Turismo de Goiás (Cooperteg).
As vans escolares devem atender inicialmente empresas instaladas em polos industriais de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, em negociações intermediadas pelas entidades do Fórum Empresarial. Para realização deste serviço, alguns procedimentos precisam ser obedecidos pelas vans escolares: podem transportar no máximo 20 passageiros, todos sentados; os veículos têm de ser higienizados antes e depois do transporte; é obrigatória a medição de temperatura dos passageiros e o uso de máscaras, além de ofertar álcool em gel dentro dos veículos; é necessário a contratação de seguro pelas vans; e as viagens devem ser restritas ao trajeto casa-empresa-casa dos trabalhadores, sem passar por pontos ou terminais de ônibus.
Em relação ao valor das tarifas, a negociação será direta entre a Cooperteg e as empresas, porque depende de cálculos como quilometragem percorrida e consumo de combustível. A Fecomércio, via o Sindiposto, informou que vai avaliar a possibilidade de oferecer diesel a um custo menor para as vans escolares que realizarem o fretamento dos trabalhadores, para reduzir o custo do transporte e o valor da tarifa.
“É preciso passar segurança e tranquilidade para o transporte de trabalhadores. A cooperativa é formalmente constituída e tem o respaldo do Sistema OCB/GO”, afirmou o presidente da OCB/GO, Luís Alberto Pereira. “Dentro da legalidade e sendo uma parceria boa para ambas as partes, a Fieg vai organizar a distribuição do transporte de trabalhadores por vans escolares nos polos industriais da Grande Goiânia”, frisou Sandro Mabel, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás.
“Tendo regras claras e tarifas competitivas, a Fecomércio vai participar também para que maior número de lojistas participe do convênio. Temos de oferecer alternativas para reduzir o contágio pela Covid-19 e garantir maior segurança aos comerciários”, frisou Marcelo Baiochi, presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás. Além dos presidentes da OCB/GO, da Fieg, da Fecomércio, da FCDL, da Facieg e da Adial Goiás, também participaram da reunião representantes da Acieg e da CDL Goiânia. Todos concordaram com a proposta apresentada pela OCB/GO.
Presidente da Cooperteg, Adilson Humberto de Lellis agradeceu a ajuda do Fórum Empresarial de Goiás. Afirmou que cerca de 300 cooperados de vans escolares estão sem trabalho há um ano por conta das restrições de aulas presenciais no ensino público e particular da Grande Goiânia, o que tem gerado forte impacto negativo para a renda e sobrevivência de centenas de famílias no Estado. Muitos já venderam seus veículos para pagarem despesas essenciais, o que reduz a oferta das vans escolares para 200 na capital. Garantiu que os cooperados estão preparados para realizar o frete de passageiros de forma organizada, segura, respeitando toda a legislação e a preços competitivos.
“Não vamos concorrer com o transporte público convencional, mas oferecer uma alternativa para as empresas garantirem o transporte de seus trabalhadores com maior segurança e conforto durante a pandemia da Covid-19. Com a ampliação da vacinação da população e retorno gradual das aulas presenciais na Grande Goiânia, vamos retornar à nossa atividade principal”, disse.
A Cooperteg também vai desenvolver um sistema online de gerenciamento de rotas, com acesso restrito, para as empresas e trabalhadores acompanharem as viagens. Isto também busca impedir que veículos clandestinos realizem o fretamento de trabalhadores, gerando maior segurança ao serviço prestado.