Construtoras retomam lançamentos em 2019

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A perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), manutenção da baixa taxa de juros, controle da inflação, maior confiança no novo governo e a entrada em vigor de algumas novidades já no começo de 2019, como o aumento para R$ 1,5 milhão no financiamento imobiliário pelo FGTS e a recente regulamentação das normas sobre distratos para contratos de venda de imóveis, são fatores que fazem de 2019, segundo especialistas, o ano de retomada do mercado imobiliário em todo o País. Goiás também está dentro dessa projeção otimista para o setor. Para se ter uma ideia, só a URBS, uma das maiores imobiliárias do Estado, já confirmou 35 lançamentos para este ano que inicia. O número é mais do que o dobro registrado pelo Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) entre janeiro e setembro de 2018. Nesse período foram contabilizados 15 lançamentos.

Acumulando mais de 20 anos de atuação no mercado imobiliário, Ricardo Teixeira, um dos diretores da URBS, faz uma análise bastante otimista para 2019. Segundo ele, as construtoras vão lançar muito mais em 2019, que será um ano de grandes oportunidades. Para o executivo, a melhora dos índices econômicos registrada no final de 2018 é um forte indicativo disso, como por exemplo a expansão do PIB [Produto Interno Bruto], que tem uma previsão de crescimento superior a 2% em 2019 e o otimismo do setor produtivo quanto ao novo governo federal, o que para ele, reforça a confiança de empresas e consumidores

“Estamos em uma fase em que é inacreditável o que vai acontecer com o País em termos de prosperidade econômica. Assim como nos anos anteriores, no auge da crise, nós levantamos a bandeira de que era preciso ser resiliente e ir atrás das oportunidades, agora a URBS está levantando a bandeira que é preciso ter muita disposição e trabalhar para se apropriar rapidamente desse crescimento sem igual que terá o Brasil”, considera Teixeira.

Ele lembra ainda que o mercado imobiliário em Goiás pode ter um crescimento ainda maior, já que segundo ele, o Estado está entre os que menos sofreu com a crise econômica dos últimos anos. O especialista imobiliário ressalta que Goiás, mesmo num ano de incertezas com uma eleição acirrada, como foi a de 2018, graças ao agronegócio, registrou um crescimento de 4,7%, ante a média nacional de 2,5%.

“Mais uma vez esse setor, que corresponde a mais de 60% do PIB goiano, movimentou a nossa economia e fomentou outros setores, que também registram crescimento, como a indústria e os serviços. Num cenário como esse e agora com a crescente aceleração da economia brasileira a perspectiva é só de melhora”, afirma Ricardo Teixeira ao comentar alguns números divulgados recentemente pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Econômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

O anúncio de 35 lançamentos imobiliários de incorporadoras com a qual trabalha, é um claro exemplo do cenário otimista esperado pela URBS para 2019. “Só em Goiânia serão 30 novos empreendimentos apresentados”, informa Teixeira. Depois de crescer mais que 20% em volume de vendas no ano de 2018, a URBS já estima, para 2019, um crescimento superior a este percentual, atingindo um acumulado acima dos 40% nestes dois anos.

Alta nos aluguéis

Além das vendas de imóveis, a URBS registrou em 2018 uma expansão de 10% na carteira de aluguéis. O também diretor da URBS, José Humberto Carvalho, comemora o feito. Na avaliação dele, colaborou para esse resultado o fato de muitos investidores terem recebido agora, em 2018, e colocado para alugar imóveis que eles haviam adquirido na planta há três, quatro anos. Isso impulsionou, segundo ele, o volume de imóveis colocados à disposição para atuação dos corretores da URBS.

José Humberto acredita em uma provável alta nos valores dos aluguéis. “O Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) subiu um pouco neste ano e impulsionou consideravelmente o preço do aluguel. Por isso, estamos conseguindo voltar aos preços praticados há dois anos, tornando melhor o investimento em aluguel”, observa o diretor.

O diretor José Humberto salienta que, com o reaquecimento da economia, as empresas voltaram a investir e a abrir novos pontos comerciais, demandando aluguéis também de imóveis corporativos. “Há muitas grandes redes de fora abrindo filiais em Goiânia. Isso ajuda a aquecer os negócios imobiliários nas diversas regiões da cidade, o que inclui o aluguel”, comentou. O executivo acredita que esse otimismo do mercado levará ao lançamento de novos empreendimentos comerciais dentro do prazo de dois anos, até 2020.

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