Com resultados sólidos no 2º tri, analistas reforçam recomendação de compra para Hypera

No momento, você está visualizando Com resultados sólidos no 2º tri, analistas reforçam recomendação de compra para Hypera
(Crédito da imagem: Forbes Brasil)

A farmacêutica goiana Hypera Pharma (HYPE3) divulgou na última sexta-feira (23), após o fechamento do mercado, seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2020. No período, a companhia registrou lucro líquido de R$ 470,6 milhões, alta de 18,7% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.

A receita da Hypera, por sua vez, subiu 43,5% no segundo trimestre ante 2020, para R$ 1,5 bilhão, puxada principalmente pela aquisição dos negócios da Takeda e da família Buscopan, além do crescimento orgânico de 23,3% das venda no varejo. Leia mais aqui.

Na avaliação de analistas do mercado financeiro, de casas como Credit Suisse, Morgan Stanley, Itaú BBA e XP, os resultados trimestrais vieram sólidos e reforçam a recomendação de compra para os papéis da companhia.

Entre os principais destaques no trimestre, o Morgan Stanley cita os produtos de prescrição, com vendas crescendo acima do mercado em meio ao aumento no número de medicamentos crônicos, dermatológicos e de Vitamina D.

O segmento de Consumer Health, que engloba vitaminas e suplementos, por exemplo, também segue ganhando participação de mercado, enquanto similares e genéricos continuam apresentando bons resultados, escrevem os analistas, em relatório divulgado nesta segunda.

Para o Morgan Stanley, Hypera negocia a um nível atrativo de 15 vezes o preço sobre lucro estimado para 2021, o que é perto de uma vez o desvio padrão abaixo dos níveis históricos. 

“A companhia tem apresentado bons resultados consistentemente, o que poderia suportar uma re-rating”, escrevem os analistas.

O banco tem recomendação overweight (acima da média do mercado) para os papéis HYPE3, com preço-alvo de R$ 38 – o que implica potencial de alta de 4,8% ante o fechamento de sexta-feira (23).

Sinergias após fusões e aquisições

Na avaliação do Itaú BBA, a continuação do crescimento de sell-out (comercialização direta ao cliente) acima da média do mercado e os sinais de sinergias das recentes fusões e aquisições são positivos para a Hypera.

O banco manteve sua recomendação outperform (acima da média do mercado) para os papéis da companhia, com preço-alvo estimado de R$ 41 por papel.

Segundo os analistas, os resultados da farmacêutica apresentaram uma boa combinação de crescimento e lucratividade acima do esperado, levando a uma queda de 13% do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ao excluir a linha de outras receitas.

A XP também vê resultados sólidos, principalmente no que diz respeito ao crescimento orgânico, com perspectiva positiva de margens ainda melhores com a integração da Takeda e com a aquisição anunciada recentemente do portfólio da Sanofi.

A casa tem recomendação de compra para os papéis HYPE3 e preço-alvo por ação estimado de R$ 48.

Já a Guide Investimentos escreve, em relatório, que a Hypera reportou um bom resultado no período em relação ao ano passado, mesmo com uma base comparativa forte, impulsionada pela pandemia, em especial, no segmento de Consumer Health.

“Acreditamos que a empresa esteja bem posicionada para manter o seu crescimento de maneira sustentável, além da aquisição da marca de dermocosméticos Bioage em julho, e conta com posição de liderança no mercado de estética brasileiro, fortalecendo assim o seu portfólio”, escrevem os analistas.

Gastos com marketing no radar

Em relatório, o Credit Suisse escreve que a Hypera possui um forte fluxo de caixa, reforçado pelo crescimento acima do mercado e aparente controle dos estoques na cadeia.

Segundo os analistas, apesar de os resultados trimestrais serem positivos para os papéis da companhia na Bolsa, o aumento das despesas de marketing foi um dado que surpreendeu negativamente.

Isso porque o número impactou a margem em 2 pontos percentuais no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior. “Mesmo que a base de comparação com o segundo trimestre de 2020 seja imperfeita (por conta da pandemia), o nível absoluto de gastos com publicidade atingiram um valor trimestral recorde”, escreve o time de análise.

“Continuaremos atentos às futuras otimizações de promoção médica, dadas as sinergias de um portfólio aprimorado e a eficácia das despesas de publicidade mais altas”, concluem.

O banco tem recomendação de outperform para os papéis HYPE3 e preço-alvo de R$ 40.

Nesta segunda-feira (26), os papéis HYPE3 operam próximos da estabilidade, entre perdas e ganhos na Bolsa brasileira, negociados na casa dos R$ 36,3 por volta das 12h. Na sexta antes da divulgação dos resultados, os papéis subiram 3,66%, após terem avançado 2,29% na sessão anterior.

Com informações da InfoMoney

Deixe um comentário