Com Goiás entre maiores, Brasil investe em projetos para exploração de níquel

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O Brasil ainda tem participação tímida na produção global do metal usado em baterias de carros elétricos (Reprodução/Horizonte Minerals)

Quase dois em cada três brasileiros pretendem comprar um carro elétrico no futuro, segundo pesquisa encomendada pelo Itaú Unibanco. Nesse sentido, o níquel, usado em baterias de carros elétricos e estratégico na transição energética, receberá investimentos de pelo menos US$ 1,06 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) em aumento de produção no Brasil até 2025.

O levantamento é do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) obtido pelo Estadão/Broadcast. O valor refere-se a quatro projetos, de três diferentes empresas.

O Estado de Goiás recebe um dos maiores cases do setor no País. É a Anglo American, que produz níquel em Niquelândia (GO). Segundo a empresa, serão investidos cerca de R$ 2 bilhões no negócio nos próximos cinco anos, incluindo, nesse caso, a continuidade dos negócios e melhorias em segurança, além do aumento de produção. Por não envolver apenas aumento de capacidade, esse investimento não está no estudo do Ibram.

Eduardo Caixeta, diretor das Operações de Níquel da Anglo American no Brasil, afirma que a empresa está desenvolvendo um projeto de briquetagem – sistema de aglomeração dos finos presentes no minério. “A expectativa é de que a inovação aumente a capacidade de produção, além de trazer melhorias em eficiência com redução de consumo de energia, segurança operacional e estabilidade da planta pirometalúrgica (processo da produção que envolve altas temperaturas).”

Entre os projetos considerados pelo Ibram está o da Piaui Níquel Metais, do grupo Brazilian Nickel, sediado em Londres. A primeira fase de operação na mina, em Capitão Gervásio de Oliveira (PI), será iniciada até junho, com capacidade de 1.500 toneladas por ano de níquel contido. O produto é usado especialmente em aço inox e baterias.

Além dele, é considerada a Horizonte Minerals, em dois projetos. O maior deles prevê US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões) para expansão da capacidade de produção da mineradora britânica em Conceição do Araguaia, no Pará. Outra iniciativa de grande porte prevista é da Atlantic Nickel na mina de Santa Rita, na Bahia, uma das maiores do tipo a céu aberto no mundo.

Com informações do Estadão Conteúdo

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