Santa Rosa de Goiás é uma cidade com menos de 3 mil habitantes, que fica a cerca de 70 quilômetros de Goiânia (GO), no entanto, apesar da proximidade com a capital, o município sofreu por anos sem a presença de uma instituição financeira. E a chegada do Sicoob UniCentro Norte Brasileiro em 2019 mudou completamente a realidade do local, não apenas com a oferta de produtos e serviços, mas com o crescimento da economia e, consequentemente, o desenvolvimento da cidade.
“Hoje a cidade está com seus imóveis na região central reformados, e os comerciantes sentem a melhoria na prática. Até a movimentação em Santa Rosa aumentou”, destacou o presidente do Sicoob UniCentro Norte Brasileiro, Arnaldo Teixeira Júnior. Os próprios comerciantes sentiram na pele a mudança no município com a chegada da cooperativa.
Dono de uma drogaria, Valdeci de Selles explicou a dificuldade dos comerciantes antes da agência do Sicoob. “A gente tinha que ir em Petrolina ou em Inhumas fazer algum serviço financeiro, e às vezes demorava metade do dia para isso, com fila e outros empecilhos. Agora, com atendimento aqui, temos a oportunidade de crescer juntos com a cidade, e esse é o sonho de todos”.
Para os moradores, a mudança é notória e muito positiva, com crescimento da cidade, avanço em infraestrutura e o surgimento de mais oportunidades. “A pessoa ia na agência em outra cidade, recebia o dinheiro e já gastava por lá. O dinheiro não circulava em Santa Rosa e essa realidade mudou”, contou Cristiano de Carvalho, dono de uma loja de produtos agropecuários, que inclusive já pegou um capital de giro na cooperativa para investir nos negócios.
Início de tudo
O presidente do Sicoob UniCentro Norte Brasileiro lembra que em 2019 recebeu a visita da então prefeita da cidade, com representantes da Câmara Municipal, Sindicatos e comerciantes, quando houve a solicitação para a agência em Santa Rosa. Arnaldo Teixeira afirma que os princípios do cooperativismo, um deles o interesse pela comunidade, foram fundamentais para o processo.
“O propósito do Sicoob quando ele fala dessa inclusão, da parte social, isso mexe com a gente, pensando assim montamos a agência e houve grande participação da comunidade e em menos de um ano tínhamos atingido o ponto de equilíbrio”, ressalta o presidente da cooperativa.
Nesse contexto, o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, fez questão de frisar a importância das cooperativas nas comunidades locais. Segundo ele, o cooperativismo é um arranjo produtivo e uma forma eficaz de se empreender por meio da união de pessoas. “Além de gerar renda, as cooperativas distribuem renda, e localidades que possuem uma cooperativa apresentam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais elevado”, destacou.
A mudança em Santa Rosa de Goiás é tão significativa com a chegada da agência do Sicoob que o desenvolvimento estrutural da cidade é atrelado a presença da cooperativa. Prefeita em 2019, Leila Silva reforçou que essa mudança se deve ao fato de que o dinheiro passou a circular mais na própria cidade. “Agora o dinheiro gira aqui no comércio mesmo. A pessoa recebe e já gasta no supermercado, no açougue da cidade e faz o município desenvolver mais.”
A gestora lembrou que como a cidade é pequena as instituições financeiras não tinham interesse. “Aqui é pequeno, mas sobrevive, e pensei, como prefeita, vamos tentar trazer uma instituição financeira. Tenho um amigo em comum, que conhece a diretoria do Sicoob UniCentro Norte Brasileiro, e ele fez esse meio-campo”, relembrou Leila.
Números positivos
O sucesso é perceptível com os números da cooperativa. De acordo com a gerente de contas, Andressa Vargas Viana, são quase 700 cooperados. “Temos margem positiva todos os meses, e com carteira de mais de R$ 20 milhões de crédito já implantada no município, entre capital de giro, crédito pessoal e crédito rural.”
Uma das cooperadas é Maria Adriane de Souza, dona de uma mercearia em Santa Rosa. Ela conta que melhorou a estrutura com o auxílio do Sicoob. “A gente expandiu a área do comércio com a ajuda da cooperativa, por meio de um empréstimo”. Caso semelhante ocorreu com Jaílson da Costa, proprietário de um supermercado. “Antes, era a coisa mais difícil do mundo, a gente tinha que ir em Petrolina, nos bancos, e era um perigo. Agora, a gente cresceu com o Sicoob aqui perto”, finaliza.