brMalls rejeita proposta de fusão da Aliansce Sonae

Você está visualizando atualmente brMalls rejeita proposta de fusão da Aliansce Sonae
Em Goiânia, a Aliansce administra o Passeio das Águas Shopping e a brMalls é responsável pelo Goiânia Shopping e o Araguaia Shopping (Reprodução)

Em comunicado ao mercado enviado na manhã desta sexta-feira (14), a brMalls (BRML3) informou que seu Conselho de Administração decidiu, por unanimidade, recusar a proposta de combinação dos negócios com a Aliansce Sonae (ALSO3).

A companhia entendeu que a proposta subavalia, consideravelmente, o valor justo da brMalls e do seu portfolio de ativos e, portanto, não atende aos melhores interesses dos acionistas.

A brMalls informou que está constantemente avaliando alternativas estratégicas que possam gerar valor para a companhia e seus acionistas.

A Aliansce Sonae informou na noite de ontem (13) que havia enviado no dia 4 uma Proposta Não Vinculante de Combinação de  Negócios ao Conselho de Administração da brMalls, confirmando um movimento aguardado desde o final de dezembro.

Pela proposta da Aliansce, os acionistas da brMalls receberiam 50% da nova empresa mais um pagamento em dinheiro.

Os acionistas da brMalls receberiam cerca de 265 milhões de novas ações ordinárias da Aliansce Sonae, ou 50% de seu capital social, com uma relação de troca de aproximadamente 0,32 ação ordinária da Aliansce para cada ação ordinária da BR Malls.

O pagamento em dinheiro totalizaria R$ 1,35 bilhão, ou cerca de 20% do valor de mercado da brMalls.

“Esta fusão de iguais tem capacidade de fortalecer os negócios da companhia combinada, aproveitando os talentos e as melhores práticas de cada uma das companhias… Além disso, deve gerar inúmeras oportunidades de crescimento”, disse a Aliansce.

A Aliansce Sonae tem atualmente um valor de mercado de R$ 5,21 bilhões, enquanto o da brMalls chega a R$ 6,85 bilhões, segundo dados do Refinitiv Eikon.

A Aliansce destacou em apresentação ao mercado que a combinação criaria um dos líderes da América Latina no setor. Além disso, apontou pontos positivos para governança, combinando estrutura de corporation com acionistas estratégicos de referência e de longo prazo.

A ação seria a mais líquida no setor de shopping centers na América Latina e a única no Novo Mercado, sendo o ativo de preferência para qualquer investidor global. Além disso, seria uma plataforma pronta para oferecer experiências únicas de “phygital” aos clientes, sendo parceiro de preferência para consumidores, varejistas e incorporadoras, com uma organização mais enxuta, eficaz e eficiente. Haveria também claras sinergias potenciais a serem capturadas.

Se fosse efetivada, as duas empresas poderiam somar um portfólio de 69 shoppings com receitas conjuntas de lojistas de R$ 38,5 bilhões.

(Com informações InfoMoney e Reuters)

Deixe um comentário