Black Friday e Copa do Mundo

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(Rawpixel)

Por Dvair Lacerda Borges

Alguns indicadores sinalizam que teremos um segundo semestre com bons números para o mercado de informática e produtos de tecnologia. O primeiro é a injeção de dinheiro na economia por meio dos auxílios que estão sendo pagos pelo governo, já que parte destes valores estão sendo utilizados para quitar dívidas, o que naturalmente trará aumento no consumo.

Há também o ambiente que já se forma em torno da Black Friday, data que marca o comércio varejista com descontos e promoções no dia 25 de novembro, em meio à Copa do Mundo que começa quatro dias antes e, certamente, favorecerá o consumo. São dois momentos excepcionalmente coincidentes nesse ano, que criam um cenário favorável às compras.

O fator Copa do Mundo tende a trazer a necessidade de compra, principalmente de televisores e produtos de áudio, para antes da Black Friday, movimento que fará com que o varejista tenha que se preparar com mais antecedência em relação a anos anteriores. Além disso, a Copa do Mundo deste ano acontece no verão brasileiro, o que gera naturalmente um clima de mais descontração – e bem em uma época em que as pessoas já poderão estar adiantando parcela do décimo terceiro.

Em um levantamento recente divulgado pelo grupo Globo, ao menos 56% dos entrevistados querem comprar algo por causa da Copa e 72% têm a expectativa de aproveitar os preços da Black Friday para isso. Segundo uma pesquisa da Nielsen E-Bit, em 2021, a data movimentou R$ 4,2 só no e-commerce, com mais de 5,6 milhões de pedidos realizados entre a quinta e a sexta-feira.

E claro, logo em seguida, chegam os preparativos para o Natal. Além desses fatores, há ainda a movimentação causada pelas vagas temporárias que melhoram a renda e, consequentemente, permitem que mais pessoas acessem o mercado como consumidores.   E não há como desconsiderar o contexto das eleições, o dinheiro circula mais, há uma ansiedade no mercado como um todo.

Mas estamos atentos a um ponto negativo importante, que é a dificuldade na oferta de crédito. Mas, juntamente com a indústria, iremos buscar alternativas para trazer melhores condições para revendedores e consumidores. Contudo, existem ótimas perspectivas e estamos confiantes, concentrando esforços e trabalhando bastante, para que esse último quarto do ano seja de muitas vendas, de consumo intensificado e uma ótima movimentação no mercado. 

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Dvair Lacerda Borges é diretor comercial do Fujioka

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