A pandemia mudou os fluxos de trabalho e obrigou reajustes na estrutura de atendimento. Para algumas áreas, a casa se tornou escritório, em outros, o horário de trabalho foi reduzido, porém no setor de saúde o trabalho precisou se adaptar rapidamente a uma nova realidade da noite para o dia. A sensação é que os gestores de saúde precisaram trocar o pneu do carro, só que com ele em movimento. No Hemolabor, a gestão precisou ser ágil para tomar decisões de forma rápida para oferecer um ambiente seguro tanto para os colaboradores quanto para os clientes.
De maio a agosto, a unidade laboratorial realizou 32.261 exames para detecção da Covid-19, entre testes RT-PCR e sorológicos, 5% do total de exames realizados no período, que totalizaram 501.427. Um aumento de 35% na demanda deste ano, se comparado ao mesmo período de 2019, quando foram realizados 371.189 exames.
E para suprir este aumento com procedimentos totalmente seguros, o Hemolabor aperfeiçoou protocolos, investiu em treinamento para todos os profissionais, compra de equipamentos de proteção individual (EPIs), disponibilização de um fluxo de atendimento com cadeiras em local externo com distanciamento adequado, contratação de colaboradores, aquisição de computadores para auxiliar nos cadastros e liberação de exames, entre outros.
O hematologista e diretor técnico do laboratório Hemolabor, Nelcivone Soares de Melo, explica que as medidas tomadas no início da pandemia tiveram o objetivo de garantir o atendimento seguro aos pacientes e preservar a saúde dos colaboradores. “Entre as principais medidas estão a coleta domiciliar aos pacientes que estavam com suspeita de Covid-19, designação de uma unidade exclusiva para esses exames e ampliação da estrutura de atendimento com a colocação de mais cadeiras em uma recepção externa no estacionamento da unidade laboratorial, monitoramos os casos positivos dos colaboradores, fizemos contratações, reorganizamos os fluxos na internet e telefone para gerar uma resposta rápida para nossos clientes, tudo isso para garantir a segurança de todos”.
Os dados do laboratório apresentam que os números de exame para Covid-19 foram crescendo gradativamente, quando em julho atingiu o ápice de 12.334 exames, representando o dobro de exames realizados no mês anterior, junho, que contabilizou 6.716. Porém, em agosto, o número reduziu, e o Hemolabor realizou 9.907 exames para detecção do novo coronavírus. Com toda essa situação desafiadora, Nelcivone revela o que achou mais difícil nos últimos meses. “A principal dificuldade foi lidar com o medo e a preocupação das pessoas”.
O Hemolabor continua investindo em estrutura para ampliação do atendimento. A reforma do laboratório central, que já estava programada, e o recebimento de nova plataforma modular da Roche ampliaram a capacidade para a realização de 500 mil exames por mês. O setor de microbiologia também foi ampliado e recebeu novos equipamentos.
“Além disso, estamos trabalhando na modernização do setor de patologia com a compra de três equipamentos: uma estação de macroscopia, um processador de tecidos e uma estação de inclusão de parafina. São equipamentos utilizados na fase pré-analítica da patologia na preparação da amostra para ser examinada pelo médico patologista. Iniciamos também a reforma do espaço onde funcionava a microbiologia e agora será destinado ao novo setor de Biologia Molecular onde serão realizados testes genéticos e RT-PCR para doenças infecciosas (inclusive a RT-PCR para coronavírus). Para esse novo setor serão adquiridos três novos equipamentos: um extrator de RNA/DNA, um equipamento de RT-PCR e um equipamento de sequenciamento gênico de nova geração (NGS). A estimativa de investimento para o setor de biologia molecular é de R$1,5 milhão”, finaliza Nelcivone.