Atendimento de saúde domiciliar cresce 35% durante pandemia

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Programa CDI em Casa realiza vacinação nos condomínios (Crédito da foto: Divulgação)

A procura por atendimento de saúde domiciliar é uma tendência que apresentou crescimento durante a pandemia. Em busca de conforto, comodidade e segurança, muitas pessoas preferem realizar exames e até mesmo atualizar o cartão de vacinação no conforto do seu lar. De acordo com o Censo 2019/2020 do Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (Nead), desde início de 2020, o serviço teve alta de 35% no número de pacientes atendidos. 

Com a alta demanda, muitas clínicas e profissionais liberais têm investido no atendimento domiciliar. O que antes era um privilégio, hoje passou a ser uma necessidade pela demanda do próprio cliente. Em Goiás, o Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) também registrou crescimento na procura por este tipo de serviço. Com o intuito de proporcionar o melhor atendimento para o paciente, lançou o programa CDI em Casa. Trata-se de um projeto pioneiro, que leva exames diagnósticos e serviços da unidade de saúde até o paciente, seguindo todos os protocolos de segurança, sem que a pessoa precise se deslocar para receber atendimento. 

O CDI em Casa oferece vacinação completa, exames laboratoriais, exames Mapa / Holter, Eletrocardiograma e a Polissonografia.

“Com a pandemia, nós percebemos um aumento na procura de serviços domiciliares e nos preparamos para atender o nosso paciente com conforto e principalmente segurança, dentro da casa dele. A nossa preocupação é ter o paciente atendido da melhor forma possível, independente do local que ele esteja”, explica a diretora do CDI, Colandy Nunes Dourado. 

Polissonografia 

O exame de polissonografia monitora as atividades do paciente durante o sono. Ele avalia parâmetros fisiológicos do sono do paciente como apneia, insônia, sonambulismo, o ato conversar dormindo e vários outros. Durante o exame é possível verificar a atividade cerebral, cardíaca, muscular, o funcionamento do aparelho respiratório, entre outros fatores. 

A neurologista dra. Vanessa Costa, responsável pelo Serviço de Polissonografia do CDI, especialista em medicina do sono, explica que o exame é oferecido dentro do projeto CDI em Casa, e auxilia no diagnóstico de doenças do sono.

“Entre os benefícios, o conforto de fazer o exame no seu próprio ambiente, segurança frente ao quadro da pandemia e a certeza que a gente vai ter avaliação do sono mais próxima possível do que o paciente tem no seu dia a dia”, explica a médica. 

Vacinação 

A campanha de vacinação contra a gripe pelo Sistema Único de Saúde (SUS), também reflete no aumento da procura no mercado privado, já que no SUS, a imunização é oferecida apenas para os grupos prioritários. “Muitas empresas, condomínios verticais e horizontais, nos procuram para vacinação dos funcionários e moradores. É importante lembrar que ainda que não previna diretamente contra a Covid-19, a vacina contra a gripe diminui a pressão sobre o sistema de saúde em relação às doenças gripais”, explica Colandy. 

Com a mudança de comportamento e as pessoas procurando cada vez mais segurança nos serviços relacionados a saúde, a diretora do CDI, Colandy Nunes, explica que essa procura por atendimento em casa deve continuar crescendo.

“As mudanças de rotina e comportamento impostos pela pandemia refletem no aumento da procura por atendimento domiciliar, que é uma opção segura e eficaz, promovendo inúmeros benefícios para os pacientes e seus familiares como atendimento personalizado, mais segurança e menos riscos de infecção hospitalar, além de conforto e praticidade”, explica.

Profissionais percebem aumento da procura por serviço 

Para o profissional que vai até a casa do paciente, a pandemia impôs algumas mudanças nas relações. Fonoaudióloga com experiência com o público infantil, Nina Liah explica que a procura pelo serviço home care aumentou no último ano. “A procura por essa modalidade de atendimento se intensificou e tive que me adaptar a nova realidade. Agora os atendimentos acontecem com uso de máscaras de proteção adaptada, com a parte da boca transparente para que as crianças possam ter um feedback dos movimentos articulatórios essenciais à produção fonêmica que estamos trabalhando. Além do distanciamento seguro, também utilizamos luvas, álcool em gel, jaleco e higienizamos os objetos utilizados no atendimento”, esclarece. 

Nina é fonoaudióloga há mais de 30 anos e explica que antes da pandemia, os atendimentos em consultório eram a maioria. Agora, a situação se inverteu, e os pacientes estão preferindo receber atendimento em casa. “O home care é um trabalho que oferece mais segurança para os pacientes e comodidade para os pais, porque não precisam se deslocar para levar seus filhos ao consultório”, explica.  

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