Atacarejo é preferência das famílias no Natal

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Febre no setor alimentício, o atacarejo conquistou o brasileiro nos últimos anos. Enquanto o setor de varejo viu diminuir em 6,4% as vendas no formato hipermercado, o “atacarejo” cresceu 12,8%. Os dados recentes são da Nielsen, empresa que pesquisa o comportamento do consumidor.  Esse comportamento, inclusive, já é percebido também no mercado de moda, que enxergou no formato um filão. Segundo a Associação Empresarial da Região da 44 (AER 44), o atacarejo é o modelo de compras predominante na região que distribui moda por todo País.

As centenas de lojas recebem diariamente, tanto o consumidor final quanto aquele que busca produtos para revenda. Os comerciantes apostam nesse segmento principalmente durante o fim de ano quando as famílias saem para renovar o guarda-roupas e encontram na compra coletiva uma forma de economizar. Descontos em lojas do Estação da Moda Shopping chegam a 35% quando compradas mais de 6 peças.

Um pouco diferente do sistema adotado no segmento alimentício focado autosserviço ou no cash and carry (pegue e paque), no têxtil, o formato permite que mesmo sendo consumidor final, ao adquirir um número maior de peças, ou valor mínimo previamente estipulado pela loja, o comprador pode levar os produtos no preço para revendedores. De acordo com a vendedora Edinalda Castor, é esse o perfil de consumidor que tem passado pela Detroit Jeans, instalada no Estação da Moda Shopping. “Muitos clientes vêm para comprar roupas para a família e aproveitam para levar em grande número de peças para usufruir de maior desconto no final”, conta. “A média dessa semana é saída de 15 peças por cliente”, completa a vendedora.

Na Detroit, por exemplo, para ter direito ao valor de custo da roupa, o cliente deve comprar no mínimo seis peças, podendo ser variadas ou não. A mesma regra é seguida pelo empresário Marcelo Pinto, da Darena, loja de moda feminina e masculina. Comprando o mínimo de peças variadas, entre vestido, camisa de algodão, bermuda jeans e camisa gola polo feminina o consumidor recebe em média, um desconto de 25% no total da compra. “Se for um casal, cada um leva três peças facilmente e o produto já sai mais barato. É uma economia muito conveniente”, garante Marcelo. Segundo ele, alguns itens chegam sair 35% mais em conta. “Uma como a blusa de algodão que está por R$ 39 vai ser vendida por R$ 25”, diz.

** Crédito da foto: Raquel Pinho/Divulgação

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