A pauta da preservação do Meio Ambiente, como a economia de água, está cada vez mais presente em nosso dia a dia e começa a mobilizar empresas e até o Poder Público. A Prefeitura de Goiânia, por exemplo, está investindo no sistema de irrigação automatizado em praças públicas, parques e canteiros em avenidas. Atualmente, apenas 5% dessas áreas são irrigadas de forma automática.

Em parceria com a Pivot Máquinas Agrícolas e Sistemas de Irrigação, representante da marca Rain Bird no Estado – que oferece o sistema -, profissionais da área operacional, montagem e manutenção dos sistemas de irrigação da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) participaram de um treinamento na empresa com o objetivo de ampliar o uso do sistema de irrigação automatizado para mais áreas verdes da cidade. O novo modelo possibilita o uso racional e inteligente da água, além de garantir a vitalidade das plantas durante o ano inteiro, mesmo no inverno, quando não chove em Goiás. 

Nos segmentos de paisagismo, esse sistema de irrigação já é utilizado em áreas comerciais e residenciais, bem como em campos esportivos como futebol, tênis e golfe. O gerente de área da Rain Bird, Vitor Raydan, disse que cada projeto tem uso diferenciado.

“Quando falamos em plantação de milho existe o interesse em produção. Já o paisagismo é voltado para a estética”, frisou o gerente.

Ele explicou que é necessário levar em conta para implementar o sistema, ainda, a verificação da quantidade de água no local e a intensidade da chuva. Vitor citou exemplos de cidades como Belo Horizonte, que é modelo de paisagismo, e Brasília, como de irrigação pública. 

De acordo com o coordenador de vendas da Pivot, Pedro Moura, a irrigação automatizada nas áreas públicas tem como finalidade tornar a área uniforme, utilizar racionalmente a água, evitar que ela escorra para as ruas, além de impactar na mão de obra, já que o sistema funciona automaticamente.

“Com o sistema de irrigação priorizamos a eficiência, o uso mínimo de água possível, entregando o máximo de resultado porque podemos mensurar o quanto de água está sendo utilizada”, explicou ele, que analisou a parceria entre a Pivot e a Prefeitura de Goiânia como garantia de que a empresa se preocupa com a preservação ambiental.

Implantação do sistema

O engenheiro agrônomo Rafael Araújo, responsável pelos projetos de paisagismo, irrigação, compostagem e pela implantação do sistema da Comurg, presente no treinamento, conta que há dois anos a equipe vem realizando esses treinamentos. “Iniciamos o projeto e uma avaliação inicial está sendo feita dos poços artesianos existentes com filmagem interna dos mesmos e ensaio de vazão. Com o resultado será feita a elaboração de projetos das praças a fim de adquirir materiais e instalar a irrigação após licitação”, explicou. 

Segundo o engenheiro, o processo atual é feito através de hidrômetro, de forma manual com mangueira, caminhão pipa ou aspersor de impacto na ponta. “Além da economia para o município, tanto do recurso hídrico quanto da financeira, existe a de tempo para o servidor que está tomando conta da praça. Outro ganho é estético porque as praças terão uniformidade e serão mais irrigadas”, explicou Araújo.

Para o presidente da Comurg, Alex Gama, o investimento em modernidade é uma forma de gerar qualidade de vida à população e aos cofres públicos.

“O objetivo é gerar mais expressão aos projetos de paisagismo de menor consumo hídrico, bem como, no futuro, a implantação de sistema de reuso de águas”, citou ele.