Em fevereiro de 2021, a produção industrial goiana teve um crescimento 2,0% frente a janeiro de 2021 (série com ajuste sazonal), sendo o primeiro crescimento após cinco resultados negativos seguidos. Já a produção industrial nacional caiu 0,7% na mesma base de comparação, sendo o primeiro resultado negativo após nove meses de recuperação do início da pandemia.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) referente ao mês de fevereiro de 2021, divulgada hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com fevereiro de 2020, entretanto, a indústria goiana recuou 7,7%, sendo a quinta queda consecutiva. Por outro lado, a indústria nacional apresentou um avanço de 0,4%, sendo o sexto resultado positivo seguido.
Setores
Para explicar a queda de 7,7% da produção industrial goiana registrada no mês de fevereiro de 2021, em comparação com período de 2020, é preciso analisar as atividades que compõem a indústria goiana.
As atividades que tiveram maior recuo foram a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-37,7%), setor que apresentou crescimento em junho e julho de 2020, hoje apresenta queda consecutiva e acumula uma queda de -7,7% nos últimos 12 meses; a indústria extrativa (-17,1%), setor que apresenta a segunda taxa negativa seguida; e em terceiro, a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-14,1%).
Por outro lado, as atividades que apresentaram crescimento de produção foram a fabricação de produtos de minerais não-metálicos (22,4%), sendo o sétimo aumento consecutivo; e a fabricação de outros produtos químicos (6,1%), sendo o quarto crescimento seguido. Os produtos que tiveram mais influência para a aumento dessa atividade foram massa de concreto e adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio respectivamente.
Cenário nacional
A produção industrial recuou em dez dos quinze locais pesquisados pelo IBGE em fevereiro, frente a janeiro de 2021. O resultado negativo foi puxado pelo desempenho de São Paulo (-1,3%), em razão de reduções na produção da indústria alimentícia e na de derivados de petróleo. No mês, a indústria nacional caiu 0,7% após nove meses de crescimento.
Em números absolutos, o Ceará apresentou a maior queda do país, com -7,7%. No lado positivo, a principal influência foi o Rio de Janeiro, com 1,9% de crescimento – a quarta taxa positiva consecutiva para a indústria fluminense.
Mato Grosso apresentou a segunda maior influência positiva sobre o resultado nacional, bem como o maior resultado em termos absolutos (7,3%). O setor de alimentos explica os bons números matogrossenses. Goiás aparece entre as três maiores altas do mês de fevereiro, com avanço de 2,0% na comparação com janeiro de 2021.
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