Por Raimundo Nonato
Atualmente estamos inseridos em um cenário no mínimo curioso. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) são 208 milhões de desempregados no mundo, dos quais nove milhões estão no Brasil.
Em paralelo a esse cenário temos o que se chama blackout de emprego, ou seja, o cenário em que as empresas têm a necessidade de contratação e vaga disponível, no entanto, não encontram candidatos aptos ao trabalho. O que está acontecendo?
Claro que a causa é multifatorial, principalmente atrelada à necessidade de reforma curricular, porém o desenvolvimento de novas habilidades de maneira rápida e específicas são diferenciais essenciais para o momento.
É muito importante que estejamos constantemente aprendendo e isso deve ser cada vez mais frequente na fase adulta. Aprender na fase adulta faz então surgir um importante conceito: andragogia.
Andragogia é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender, segundo a definição cunhada na década de 1970 por Malcolm Knowles. O termo remete para o conceito de educação voltada para o adulto, em contraposição à pedagogia, que se refere à educação de crianças.
Nesse momento altamente dinâmico e incerto, essa (re)adaptação é fundamental.
Lifelong learning e microlearning são estratégias de exercício da andragogia para acabar com a lacuna entre desemprego e blackout de emprego.
Cursos rápidos e de imersão que possibilitam interação e troca de experiência, treinamento para uso de ferramentas, são cada vez mais utilizados. As vezes mais importante até que a formação acadêmica tradicional e mais longa.
Essa é a realidade moderna, assim como diria Alvin Tofler “O analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender.” Andragogia para acabar com o desemprego!
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Raimundo Nonato é médico, gestor hospitalar e sócio da Ática Gestão