O momento atual seria digno de gargalhadas, para pessoas centradas e com a saúde mental em ordem. Entretanto para os pessimistas (talvez realistas) e deprimidos, encontra-se uma excelente oportunidade para se trancarem em seus quartos e talvez nunca mais saírem de lá.
No geral, a campanha política brasileira sempre foi um análogo circense; acredito que até mesmo um palhaço e “ainda” deputado federal Tiririca, deve ficar incomodado com a concorrência, pois muitos dos candidatos superam os palhaços profissionais, com todo respeito pela profissão (dos palhaços, é claro) com tamanhas promessas e soluções mirabolantes, que beiram ao absurdo total.
A batalha resume-me em uma dicotomia: Um lado com propostas “neoliberais” e um outro lado “uma ala com viéses esquerdistas”, formada por “companheiros e companheiras”, que já estiveram no poder por bastante tempo (e com ações de cunho bastante questionáveis), e que usaram e abusaram de medidas populistas. Os resultados todos nós já sabemos.
As propostas neoliberalistas buscam essencialmente a manutenção da política de teto de gastos, maximizar balança comercial, manter as políticas públicas de cunho social, garantir os investimentos em infraestrutura e dar segurança e garantia para que o setor do agronegócio possa continuar sendo destaque no cenário macroeconômico. Os “companheiros e companheiras” têm como proposta garantir um Estado maior e mais presente na vida das pessoas, ao ponto de deixar entender, mesmo que subjetivamente, que o Brasil atual já está quebrado, e com a maior parte da população já em condições de miséria total.
É fato que, neste momento, uma parcela significante da iniciativa privada, composta em sua grande maioria por pequenas e médias empresas, ainda sofrem com as burocracias para acessos as linhas de créditos bancários (público ou privado), altas taxas de juros e uma carga tributária insustentável, e se não bastasse, o que deveria ser um alívio para redução nos índices de desemprego, estamos expostos a uma mão de obra com sérios problemas de qualificação, que resultam uma enormidade de vagas de emprego em aberto. Cabe salientar que muito deste cenário é o reflexo de tudo que fizemos na PANDEMIA para gerar nossos negócios e agora estamos consolidando uma retomada econômica.
Lembremos a eles (“companheiros e companheiras”) que, são os empreendedores que geram emprego e recolhem impostos, desta forma, antes de propagarem “milagres”, os mesmos deveriam conversar e combinar com os “santos” que ficarão responsáveis por tais façanhas.
Prometer salário mínimo acima da inflação, restringir o agronegócio para mercado interno como política de erradicação da fome, resolver problemas do atendimento da saúde pública com um toque de mágica, rever legislação trabalhista, valorização dos sindicatos e uma série de vantagens que certamente estrangulariam o setor produtivo pagador de impostos e pior, afetaria as exportações de alimentos e geraria desconfianças dos investidores internacionais, do qual, julgo ser um “tiro no pé” (vivemos em um mundo predominante capitalista). Afinal, não aguentamos mais, carregar este “Estado obeso e suas luxurias” nas costas.
Se existisse moral e pensamento coletivo no meio político, ambos os lados deveriam pensar mais na harmonia entre empregado e empregador, na valorização das políticas de qualidade no trabalho público e privado, descriminalização da “figura do empresário”, na redução efetiva de impostos, acesso aos serviços públicos com mais dignidade, um judiciário sem decisões com viés político-partidário, mais respeito às crenças e valores das famílias, e por enfim, uma sociedade unida com menos atos que geram segregação de cunho racial, religioso ou sexual.
Sejamos conscientes e tiremos nossas próprias conclusões.
Brasil e suas riquezas deve ser prol da sua gente.
As propostas políticas podem resolver tudo isso? Só o tempo (e as prováveis decepções) nos dirá.