A riqueza das águas termais

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** Por Leonardo Ortega

No dia 22 de março, quando se comemorou o Dia Mundial da Água, nós goianos nos deparamos com um sentimento de orgulho e reflexão. Essa riqueza natural, fonte de economia para muitas cidades, mais do que nunca vem se mostrando necessária à sobrevivência humana. Goiás não apenas concentra parte do Aquífero Guarani, o maior reservatório subterrâneo de água doce do planeta, como também abriga a maior estância hidrotermal do mundo.

A cidade de Caldas Novas – GO, por exemplo, tem em suas águas termais a geração de renda e oportunidades, além de um turismo pujante que atrai a cada ano novos investimentos do setor hoteleiro. Pesquisas apontam que, por ano, a cidade recebe uma média de 4 milhões de turistas, tanto brasileiros quanto estrangeiros. Reforçando o crescimento de uma cidade que se sustenta na sua água, a população chegou à marca de mais de 90 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu último censo.

E mesmo tão essencial para a cidade, nem todos conhecem a origem de suas águas termais, que já foi alvo de muitos mitos. Entre eles, o mais conhecido é de que as águas seriam provenientes de um vulcão existente na cidade. Embora, a descoberta das águas quentes tenha ocorrido no final do século XVIII, a sua origem foi diagnosticada há alguns anos, devido a estudos feitos na região. Um deles, desenvolvido pela Associação das Empresas Mineradoras das Águas Termais de Goiás (AMAT), apontou que as águas das chuvas, que penetram no chão pelas fraturas das rochas e chegam a profundidades de mais de mil metros, são aquecidas nessa região em virtude do aumento da temperatura no centro da Terra. As águas, então aquecidas, retornam à superfície ressurgindo no Rio Quente e na Lagoa de Pirapitinga. Em Caldas Novas, são bombeadas em poços e saem com temperaturas entre 34°C e 58°C.
Durante esse trajeto, a água é enriquecida com minerais benéficos ao corpo. Entre esses materiais encontrados frequentemente nas águas termais estão ferro, zinco, selênio, cálcio, potássio, cobre e silício. São ingredientes que juntos colaboram com a saúde e bem-estar de quem desfruta das águas quentes.

E diante da data lembramos a importância de se pensar cada vez mais em ações para a preservação desse patrimônio natural, que é tão importante tanto para a economia de Caldas Novas e Goiás, quanto para o equilíbrio do meio ambiente.

** Diretor executivo do Privé Hotéis e Parques, Leonardo Ortega

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