A ratoeira no mundo dos negócios

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Por Fábio Silva

A coluna de hoje conta com uma estória, daquelas com e, que ouvimos em nossa infância, que retratam a sabedoria popular e vou usar para extrair lições para o dia a dia do empreendedor.

Vamos refletir juntos sobre algo lúdico que pode nos ajudar a compreender mais sobre a vida e as mudanças de cenário a que estamos expostos.

Conta-se uma estória que numa conversa entre o patrão e a patroa sobre as decisões cotidianas a patroa expôs a necessidade de ir à cidade e fazer a aquisição de uma ratoeira para pegar um rato que andava pelas proximidades.

Depois de tudo armado pelos patrões, o pequeno roedor entrou em pânico devido à notícia e saiu em disparada pelos espaços da sede da fazenda. Ele ia de um lado a outro, desinquieto, até que teve a ideia de compartilhar a conversa dos patrões com alguns animais e expor a situação.

Primeiramente, foi ao galinheiro e contou a Dona Galinha sobre o acontecido e a ave sem nenhuma cerimônia chegou até a tripudiar da situação, dizendo: “Não vejo nenhum sinal de perigo em relação ao que está acontecendo.”

Como o desespero na sua cabeça era enorme o pequeno rato não parou e foi ao chiqueiro falar com o Sr. Porco sobre a situação em busca de ao menos uma palavra de solidariedade. O suíno, no entanto, teve a mesma atitude da Dona Galinha, deu de ombros ao pequeno rato dizendo: “não me preocupa nenhum pouco, isso não representa ameaça para mim.”

A agonia tomava conta da sua cabeça ao ponto do mesmo se dirigir ao pasto e também contar para a Dona Vaca sobre a maldita da ratoeira que também o ignorou de forma enfática chegando a dizer ironicamente que não se sentia em perigo: “Não vejo isso como um problema meu Sr. Rato, isso é algo que diz respeito somente ao senhor.”

A vida seguiu seu curso durante vários dias e todos eles: a Dona Galinha, o Sr. Porco e a Dona Vaca despreocupadíssimos, exceto o pequeno roedor, o pobre rato com sua angústia e sem ninguém para dividir suas dores.

Passou-se mais um dia comum, como tantos outros, mas naquela madrugada em especial ouviu-se um disparo da ratoeira e dona patroa toda ansiosa levantou-se para conferir o que havia acontecido.

De forma displicente e sem os devidos cuidados de uma pré-verificação do cenário, ela foi correndo no escuro da noite. E ao levantar a ratoeira a mesma havia pego não o pobre do Sr. Rato e sim uma Senhora Cobra venenosa que a picou de imediato fazendo a patroa adoecer.

Na cultura rural é comum quando alguém está doente fazer uma sopa para o enfermo se alimentar, e sopa ou uma boa canja é feita de que? Já sabemos ou no mínimo prevemos o que aconteceu?

Com isso mataram a galinha, em seguida como não houve melhora e o quadro se agravou e visto a necessidade de comida para um número maior de pessoas compostas pelos amigos e vizinhos que vinham visitar matou-se o porco.

Mas aconteceu algo, a situação tomou um rumo inesperado, foi quando a patroa morreu. Todos sabem que nos velórios temos aqueles momentos da despedida e o número de pessoas que vieram prestar solidariedade para com a família enlutada na fazenda aumentou muito, visto que tinham muitos amigos e para alimentar aquela quantidade de pessoas foi preciso matar a Dona Vaca.

A vida pode ter estas surpresas inesperadas e as coisas tomarem rumos distintos daqueles que entendemos serem os certos. Só que aqui fica uma grande lição para que possamos ter uma compreensão maior da vida, isso significa que quando alguém lhe disser que está em perigo não custa nada ao menos se solidarizar com o problema alheio.

Isso vale perfeitamente para o mundo dos negócios.

Se pegarmos o que poderia ocorrer nesta narrativa, Dona Galinha, Sr. Porco e Dona Vaca não estavam no raio de ação do perigo real e imediato com a compra de uma ratoeira, pois todos sabem qual o objetivo de alguém ao comprar tal objeto.

O que aprendemos com isso? Ser solidário com os outros, além de nos fazer um bem danado, pode direta ou indiretamente nos livrar de perigos não visíveis aos nossos olhos e da nossa capacidade de avaliação, com isso chamo a sua e a minha atenção para observarmos detalhes da vida em sociedade para poder usá-lo em nosso cotidiano tirando exemplos para serem colocados em prática.

Para o bem de negócios e empresas, ficar atento ao bem-estar de outras pessoas e comunidades é fundamental para contribuir com a qualidade de vida, gerar novas soluções e criar algo que impacte positivamente aqueles que estão ao redor.

Uma consciência individualista pode ser muito prejudicial para um empreendedor, afinal de contas, ninguém caminha sozinho.

Sou Fábio Silva, um empreendedor disposto a melhorar o ambiente ao meu redor.

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Fábio Silva

Sócio Fundador da Agência de Publicidade Balaio da Criação

Relações Públicas (Anhanguera Educacional – Brasília) MBA em Gestão Estratégica de Negócios.

Customer Success na agência com experiência em atendimento ao cliente e prospecção de novos negócios há mais de 10 anos.

Consultor no Sebrae nas áreas de Branding, Identidade Visual, Desenvolvimento de WebSite, Planejamento para Presença Digital e Gestão de anúncios.

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