A perspectiva do mercado de energia para 2023 e a influência no setor empresarial

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Por Getúlio Faria

A previsão de tímido desempenho da economia brasileira neste ano de 2023 é motivo suficiente para antever uma certa estabilidade no mercado energético ao longo do ano no País. O crescimento do consumo de energia, em razão dessa fraqueza econômica que ainda estamos passando no pós pandemia, não deve avançar. Porém, mesmo que a principal matriz energética, por meio de hidrelétricas, não preveja arroubos de crescimento, as fontes alternativas comemoram o sucesso dos últimos dois anos e devem ter um crescimento significativo em 2023. 

Segundo o Ministério das Minas e Energia, a expectativa é ampliar a oferta de geração de energia centralizada em 10,3 GW em 2023. Isso representa a maior expansão anual da capacidade instalada de energia elétrica já registrada no País. Um cenário que ainda coloca o Brasil, mais uma vez, como exemplo para o mundo na geração de energia limpa: as usinas solares e eólicas deverão responder por mais de 92% desta ampliação. Os 10,3GW entrarão em operação por meio de 298 usinas geradoras, localizadas em 18 Estados brasileiros.

Importante destacar, ainda, o que traz tranquilidade no tocante à sustentabilidade da nossa ainda principal fonte de energia: os altos índices dos reservatórios das usinas hidrelétricas em razão das condições hidrológicas favoráveis registradas em 2022 e agora no início de 2023. A expectativa é de que não seja necessário racionamento, mas sim uma pequena expansão na capacidade de geração.

No âmbito estadual, em Goiás, o maior desafio está entregue a Equatorial Energia, que começou a operar no Estado no início de janeiro de 2023. A nova concessionária de distribuição, que substituiu a Enel, precisa aportar grandes investimentos para melhorar os serviços e atender uma demanda acumulada nos últimos anos na distribuição de mais energia. O plano dos primeiros 100 dias, prevê a construção de três novas subestações, três novas linhas e subtransmissão com 9,6 mil novas ligações de baixa e média tensão e 98,5 mil de baixa tensão.

Por fim, quanto ao setor empresarial, principalmente em Goiás, vislumbro que o crescimento de suas atividades está atrelado a uma melhor prestação de serviços de distribuição de energia, de modo a atender projetos de novas unidades e expansão do parque empresarial, suprindo demandas acumuladas ao longo dos anos nas gestões Celg e Enel.

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Getúlio Faria, advogado, sócio proprietário do escritório Getúlio Faria Advocacia Especializada.

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