A força dos shopping centers

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(Rawpixel)

Por Murilo Nunes

As duas últimas décadas foram de consolidação do consumo do brasileiro em shoppings centers, uma tendência que já se mostrava irreversível já nos anos 1990. Os números mostram que os próximos anos são de novas e fortes expansões.

No primeiro trimestre deste ano, dados já consolidados, o avanço médio do setor de varejo de lojas de shopping foi de 6,8%, o que já supera os níveis de consumo do período pré-pandemia. Comparado ao primeiro trimestre de 2019, a alta foi de 0,3%. O estudo é do Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVSC) e realizada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

Este estudo apresenta ainda que a Região Centro-Oeste puxa a expansão, com 8,4%, seguida do Nordeste (7,7%), Sudeste (6,6%), Sul (6%) e Norte (2,5%). Por segmentos, os que mais avançaram foram: Conveniência e Serviços (33,5%), Entretenimento (21,3%) e Alimentação (14,4%). O fluxo de pessoas nos shoppings também registrou expansão: entre janeiro e março, o fluxo de visitantes foi 13,2% superior ao mesmo período de 2022.

Os números dizem muito. A indústria do shopping vai continuar crescendo, em alguns índices, com dois dígitos. Para especialistas do setor, o resultado deste ano terá boa influência da menor pressão da inflação no bolso do consumidor e ampliação, desde setembro de 2021, da massa salarial, com redação da taxa de desemprego da faixa de 13% para, atualmente, em 8,4%, sendo que em alguns Estados, como Goiás, está entre 5% e 7%. O IBGE mostra também, em suas últimas pesquisas, recuperação dos salários – após quase quatro anos em queda ou estagnados.

Estes indicadores são favoráveis, mas com maior poder de compra do consumidor e maior movimentação, no entanto, é preciso ter em mente o resultado dos shoppings também é resultado da capacidade dos empreendedores estarem buscando, na indústria do shopping, a se reinventar a cada dia. Posso afirmar que não temos, no varejo, um segmento que se movimenta com inovação e inteligência, com investimentos e planejamento, como o setor de shoppings centers.

A (boa) concorrência transforma e reinventa o setor diariamente, não dando margem para acomodação. No Shopping Gallo, por exemplo, avaliamos novas tecnologias e estudo de casos no Brasil e no mundo rotineiramente. Apesar de ser um equipamento recente, quando se avalia o setor, estamos atualizados em todas áreas estratégicas e conectados em atender e servir ao consumidor. Nas constantes pesquisas que realizamos, a nossa avaliação dos consumidores é muito positiva. Com uma política de fortalecer a nossa parceria com o lojista e com o consumidor, vamos acompanhar essa forte evolução do setor.

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Murilo Nunes é CEO do Shopping Gallo

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