Março de 2020 estava praticamente começando, quando realizamos nossa Assembleia Geral Ordinária (AGO) e uma reunião com representantes de todas as Unimeds de Goiás e do Tocantins para tratarmos do nosso planejamento estratégico. Eram muitos planos em pauta e o ano prometia ser intenso de atividades e realizações.
Mas, menos de uma semana após a AGO, a Organização Mundial de Saúde anunciou a pandemia de Covid-19 e logo vieram os decretos governamentais, que restringiram uma série de atividades. Enfim, em pouco tempo, nossos planos tiveram que ser alterados.
Como milhões de pessoas em todo o mundo, nós, da Unimed Federação Centro Brasileira, também nos vimos diante de desafios impostos pela pandemia. Cursos, reuniões, viagens e até o mais simples atendimento ao público em nossa sede tiveram que passar por mudanças.
E mais: tudo precisava ser rápido, principalmente porque somos uma cooperativa da área da saúde e tínhamos a tarefa de levar informações sobre pandemia aos cooperados, clientes, dirigentes das nossas federadas, aos nossos colaboradores e a todos os parceiros.
Os desafios eram muitos e foi na nossa essência, na cooperação, que encontramos a força e a diretriz para seguir em frente. Nossa diretoria executiva, gestores e colaboradores uniram-se em uma grande força-tarefa para reorganizar a Federação e garantir seu funcionamento e o atendimento às Unimeds federadas.
A maior parte da equipe passou a trabalhar em regime de home office com o apoio da Federação, que buscou oferecer a infraestrutura necessária para que os colaboradores pudessem desempenhar suas funções com conforto e eficiência. A oferta de internet, disponibilização de cadeiras ergonômicas e apoio psicológico individual e em grupo para o enfrentamento dos desafios da pandemia foram algumas medidas postas em prática pela Federação.
A distância entre nossa sede, em Goiânia, e as Unimeds do interior do Estado e do Tocantins não nos impediu de estarmos junto às federadas neste momento. Com o apoio da tecnologia, as reuniões remotas entraram definitivamente na nossa agenda.
Hoje, praticamente todos os dias, temos cursos, reuniões, encontros de comitês técnicos ou outras atividades virtuais que levam informações, nos permitem debater temas de interesse comum, tomar decisões, atualizar e aperfeiçoar nossos conhecimentos.
Paradoxalmente, o distanciamento físico imposto acabou nos aproximando ainda mais, graças à tecnologia. Antes, representantes de federadas do interior nem sempre tinham condições de comparecer aos encontros devido ao tempo exigido para o deslocamento. Hoje, basta ligar o computador, acessar a rede e lá estamos: juntos, cumprindo a pauta e assegurando o funcionamento das nossas cooperativas, apesar de limitações decorrentes da pandemia.
É claro que sentimos falta do contato físico, do olho no olho, da proximidade, um comportamento que faz parte da nossa cultura. Mas sabemos que esse é um momento passageiro. Acreditamos que o desafio será superado e que sairemos fortalecidos e mais cientes da importância da cooperação.
A pandemia está nos mostrando que precisamos cuidar de nós mesmos e dos outros, pois cada um é responsável também pelo todo. Esse é um fundamento da cooperação, que esperamos que perdure, transcendendo o momento atual.
Logo, deveremos retomar as atividades presenciais. Talvez, o chamado novo normal seja mais híbrido, uma mistura de presencial e virtual. Seja como for, o fundamental é que esse espírito de cooperação que tem nos guiado permaneça ainda mais forte e que paute nossas futuras ações. Não apenas nas cooperativas, mas em todos os setores da economia e na vida de cada um.
Danúbio Antonio de Oliveira é presidente da Unimed Federação Centro Brasileira