Em Goiás, a taxa de desocupação, percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho, atingiu a marca de 12,8% no trimestre de abril a junho de 2020. O valor apresenta crescimento frente ao trimestre anterior (11,3%) e em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (10,5%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) referente ao segundo trimestre de 2020, divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A diferença da taxa de desocupação significa, na prática, que o número de pessoas pressionando o mercado de trabalho por uma vaga proporcionalmente ao total de pessoas na força de trabalho cresceu no período.
Em números absolutos, a PNADC estima que havia 446 mil desocupados no segundo trimestre do ano. Ou seja, 446 mil pessoas estavam sem trabalho na semana de referência e tomaram alguma medida para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras atitudes, no período de 30 dias. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito.
Resultados por tipo de atividade
Ainda de acordo com a pesquisa do IBGE, as atividades que mais perderam vagas entre o primeiro e o segundo trimestre de 2020 foram : Alojamento e Alimentação, com queda de 52 mil trabalhadores (27,1%, 1 a cada 4 trabalhadores); Serviços domésticos, com queda de 44 mil trabalhadores (17,5% a menos); Comércio, que perdeu 52 mil trabalhadores (7,6% a menos); e Outros serviços, com perca de 24 mil trabalhadores (13,9% a menos).
Cerca de 131 mil empregados do setor privado perderam seus empregos no período em questão. O nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar (aquelas com 14 anos ou mais na data de referência), foi de 52,1%. Isto significa que, do total de 5,8 milhões de pessoas em idade de trabalhar, apenas 3,03 milhões estavam ocupadas.
Trabalhadores informais
A taxa de informalidade teve leve queda em Goiás no primeiro trimestre de 2020 quando comparada com o trimestre anterior. A quantidade de trabalhadores dessa categoria foi estimada em 1.139 mil pessoas (37,5% da população ocupada), ou seja, 200 mil pessoas a menos do que o quantitativo estimado no trimestre anterior de 1.339 mil pessoas (40,4% da população ocupada). No país, a taxa de informalidade atingiu 36,9% no segundo trimestre, queda de 3 pontos percentuais (p.p) em relação ao trimestre anterior e de 4,3 p.p frente a igual período do ano passado.