O governador Ronaldo Caiado (DEM) decidiu, hoje (14), adiar a publicação de um decreto com medidas de isolamento social mais restritivas para Goiás. Nos últimos dias, Caiado havia afirmado que iria liberar apenas atividades das áreas de segurança pública, alimentação e saúde. Entretanto, sob pressão de entidades empresariais, líderes religiosos e sem apoio da sociedade, acabou recuando.
“Não vou decretar nada que não esteja em sintonia com a sociedade e com as lideranças de nosso Estado. Essa decisão é solidária, precisa ser da comunidade, das lideranças, de todos, porque sabemos que, sem conscientização, ela não será cumprida”, afirmou.
Controvérsia
O governador se reuniu com diversas entidades empresariais, mas não conseguiu apoio. Em entrevista à Sagres, por exemplo, o presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi, criticou as possíveis restrições. Além disso, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel disse, à rádio CBN Goiânia, que um novo decreto representaria o fechamento definitivo de muitas indústrias em Goiás.
“O que não vou aceitar é as pessoas dizerem que se houver desemprego a culpa é do Caiado ou se faltar leito hospitalar lá na frente também que a culpa é do Caiado”, Caiado afirmou, contrariado.
A Covid-19 em Goiás
Goiás, que foi líder no ranking de Estados que mais respeitam o confinamento, está atualmente na última colocação, com índice de 39,6%. Na quarta-feira (13), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrou o recorde de 110 novos casos confirmados de Covid-19 em um dia.