Especialista dá dicas de como ensinar as crianças a lidar com o dinheiro desde cedo

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A infância é uma fase onde todos os esforços dos pais se refletem no futuro. Afinal, é quando acontecem as descobertas das proficiências, do próprio indivíduo e o aprendizado. E se as atitudes são moldadas nessa fase, logo se tornam hábitos com grandes chances de se perpetuarem pela vida. “E é por isso, que também é importante orientar sobre os benefícios de se poupar logo cedo, reduzindo a probabilidade de endividamento no futuro”, explica o gerente de negócios da Sicredi Cerrado GO, João Vieira Nunes Filho.

Para o presidente da Sicredi Cerrado GO, Zeir Ascari, é preciso trabalhar a importância do equilíbrio financeiro desde cedo nas crianças. “Eles precisam entender que os brinquedos, as roupas e os passeios tão desejados dependem do dinheiro. Por isso, a educação financeira desde a infância é de suma importância. Eles vão ter a oportunidade de aprender como ganhar, poupar e gastar com sabedoria. São os primeiros passos para que sejam capazes de fazer uma boa gestão de seus orçamentos no futuro”, diz.

Mas como estimular esses hábitos de forma atrativa e lúdica? Com crianças cada vez mais estimuladas ao conhecimento, existem desenhos que abordam o assunto e até jogos. Mostrar como construir reservas financeiras, tanto para emergências, quanto para fazer investimentos, pode parecer uma ideia óbvia, mas exige disciplina para ser colocada em prática. O especialista lembra que pesquisas já mostraram que o endividamento não é uma questão exclusivamente econômica e que algumas pessoas, independente de aumentarem seus ganhos salariais, acabam tendo dificuldades de gerir suas finanças. “Pessoas com dívidas sofrem mais stress, depressão e desgaste familiar. Portanto, a educação financeira é também uma questão de saúde e bem-estar”, aponta João Vieira.

Além de diálogo e informação, o bom e velho cofrinho continua sendo uma importante ferramenta para se introduzir o hábito de poupar. João explica que isso materializa os esforços em juntar e guardar dinheiro. “É claro que deve ser incentivado até certa idade, pois há um momento em que os jovens já passam a ser capazes de entender sobre poupança e rendimentos. Também não é recomendado guardar dinheiro em casa, já que não gera rentabilidade e não movimenta a economia”, ressalta.

Apesar de controversa entre alguns especialistas, a mesada também pode ser uma estratégia. “A partir do momento em que a criança recebe uma remuneração, ela se torna responsável por escolhas, passa a fazer contas e a entender o que acontece quando acaba o dinheiro. A ferramenta estimula a criança a cumprir com suas metas e combinados, que podem incluir desde economia de água ou energia, passando por auxílio em atividades simples e seguras dentro da rotina da família. O valor irá depender do que os pais conseguem ou acham justo pagar. Essa mecânica é positiva quando estimula os filhos a fazerem escolhas, poupando todo mês em prol de um objetivo como, por exemplo, um brinquedo mais caro no fim do ano”, diz.

Investindo nos pequenos

Como forma de contribuir com os pais na missão de educar seus filhos desde cedo para terem uma vida financeira saudável o Sicredi promoveu uma parceria com a Mauricio de Sousa Produções, que deu origem a uma série especial de revistas em quadrinhos e vídeos da Turma da Mônica com a temática “educação financeira para crianças”. No total, seis edições e três desenhos animados integram o portfólio de informações disseminadas: Nossa Relação com o Dinheiro; Orçamento Pessoal ou Familiar; Uso do Crédito e Administração das Dívidas; Consumo Planejado e Consciente; Poupança e Investimento; e Prevenção e Proteção.

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