Mineração Serra Verde inicia operação de terras raras em Minaçu (GO)

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Divulgação/Mineração Serra Verde

A Mineração Serra Verde iniciou a produção comercial do concentrado misto de terras raras da Fase I de seu depósito no Pela Ema, localizado no município de Minaçu, em Goiás. Uma vez que atingir a produção total, espera-se que a produção de, pelo menos, 5,000 toneladas por ano de óxido de terras raras – utilizado na fabricação de ímãs permanentes de alta eficiência, necessários para motores de veículos elétricos e geradores de turbinas eólicas.

Com contratos de compra já estabelecidos para uma grande parte da produção planejada, a Serra Verde possui como clientes empresas de processamento consolidadas. Com isso, a mineradora tem desenvolvido estudos visando aumentar a capacidade da Fase I na região, por meio da otimização da planta, e está avaliando o potencial para uma nova expansão (Fase II), que poderá dobrar a produção bruta antes de 2030.

O Pela Ema é um depósito de argila iônica, com vida útil longa, que contém uma proporção elevada de terras raras pesadas e leves de alto valor, principalmente neodímio (Nd), praseodímio (Pr), térbio (Tb) e disprósio (Dy), essenciais para a transição energética. A Serra Verde também tem como objetivo ser a fornecedora mais sustentável de terras raras do mundo, aproveitando as credenciais de sustentabilidade de suas operações e com base em padrões operacionais de classe mundial.

A mineradora usa técnicas de mineração a céu aberto de baixo risco operacional e tecnologias de processamento simples e consolidadas, sem o uso de produtos químicos perigosos, resultando em custos operacionais mais baixos e impactos ambientais reduzidos. O fornecimento de eletricidade da Serra Verde é totalmente proveniente de fontes de energia renovável, estando a sua operação localizada em um município de tradição minerária, com acesso à mão de obra especializada e infraestrutura rodoviária e portuária desenvolvidas.

“O início da produção comercial é um marco crucial em nosso desenvolvimento e significa que agora somos a única empresa fora da Ásia a produzir em grande escala as quatro terras raras críticas utilizadas na fabricação de ímãs permanentes. Nosso produto pode desempenhar um papel fundamental no apoio ao crescimento da produção de veículos elétricos e turbinas eólicas, elementos essenciais para a transição energética. À medida que nos preparamos para atingir a capacidade nominal, a Serra Verde também está trabalhando para estabelecer parcerias na cadeia produtiva a jusante (cliente final) a fim de apoiar o estabelecimento de cadeias de abastecimento sustentáveis e de longo prazo”, afirma Thras MoraiDs, CEO da Serra Verde.

“Estamos orgulhosos por nos tornarmos o primeiro produtor em larga escala de terras raras do Brasil, iniciando uma nova fase na história de mineração do país. À medida que desenvolvemos nossas operações, nosso objetivo é nos tornarmos a operação de terras raras mais sustentável do mundo e criar benefícios mensuráveis para todos os interessados. O início da produção comercial é uma conquista muito importante, e gostaria de agradecer a todos os membros da equipe da Serra Verde que nos ajudaram a atingir este marco crucial”, complementa Ricardo Grossi, Presidente da Serra Verde Pesquisa e Mineração e COO do Grupo Serra Verde.

Alternativa à China*

As tensões sobre as terras raras voltaram ao centro das atenções depois que a China disse, em dezembro do ano passado, que iria interromper a exportação de uma série de tecnologias da commodity, tornando mais difícil para os EUA e os seus aliados reforçarem o fornecimento de matérias-primas estratégicas. Nesse sentido, o Brasil, empatado com a Rússia como a terceira maior reserva do mundo, representa uma grande oportunidade para expansão da produção fora da Ásia. 

* Com informações da Bloomberg

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