Além da moradia: brasileiro investe em imóveis como reserva financeira

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(Crédito da imagem: Freepik)

“Quem compra terra, não erra”. O jargão popular ouvido e repetido há tantos anos persiste no tempo, e não é à toa. Segundo especialistas, é quase impossível perder dinheiro com aplicações no mercado imobiliário. A valorização e o consequente resultado financeiro são certos, quando se trata de transações no segmento, especialmente, a longo prazo. 

Prova disso é o interesse do brasileiro em fazer reservas financeiras por meio do mercado imobiliário. Pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, divulgada em novembro de 2022, aponta que um em cada quatro imóveis são comprados para investimentos no Brasil. 

A informação é reforçada pelo especialista em mercado imobiliário e sócio-diretor da URBS Alphamall e Imobi, Pedro Teixeira. “O brasileiro tem no top 5 de desejos a compra da casa própria. Então, o mercado de imóveis é muito presente na vida da população desde sempre. É um tipo de produto que não necessita de muita explicação”, afirma. O déficit habitacional no País ainda é alto, o que aquece o mercado de locação. Além disso, existe o público que opta pelo aluguel ao invés da compra por motivos diversos.

Teixeira ressalta que entre as principais vantagens do segmento, está a segurança do investimento e a rentabilidade proporcionada pela transação, especialmente, durante períodos de instabilidade política e financeira, que podem influenciar nos investimentos em bolsas de valores, por exemplo. 

“Quando a gente fala de períodos mais complicados, de fatores externos que acabam influenciando na política, economia, nesses momentos mais voláteis como estamos passando, após uma eleição recente, é natural que as pessoas se voltem ainda mais a esse mercado, porque, de fato, é seguro, estável, não é volátil. É totalmente possível você encarar o mercado imobiliário como investimento, já que ele também cumpre esse papel. Existe rentabilidade”, destaca o especialista. 

Pedro Teixeira detalha, ainda, que a valorização também está diretamente ligada ao crescimento das cidades. “Goiânia, por exemplo, é uma cidade que não para de crescer e isso envolve a construção civil, o mercado de juros, envolve uma série de fatores. Vai ter sempre gente querendo comprar e vender, o que também é afetado por vários fatores. A liquidez nas negociações imobiliárias é menor que numa aplicação, por exemplo. Ela tem um prazo mais longo, é necessário tempo, mas traz uma segurança única”, conclui.

Diversificação

O engenheiro de produção João Filipe Duarte viu no investimento em imóveis uma oportunidade para diversificar suas reservas financeiras. Ele adquiriu um imóvel de dois quartos, por considerar a curva de valorização desse tipo de imóvel mais satisfatória. “Com um imóvel desse perfil a gente consegue atrair diversos públicos e isso torna o apartamento ainda mais valorizado, porque não limita o interesse aos investidores, por exemplo. Além de historicamente ser o investimento mais seguro, também é o investimento onde todos os bilionários possuem ativos”, afirma ele. 

De acordo com ele, se bem estudado e com investimentos corretos, o mercado imobiliário pode trazer retornos, ganhos acima de fundos imobiliários, alternativa de renda variável na bolsa de valores. “É importante o comprador estar ciente que no mercado imobiliário ele vai ter duas formas de receber os ativos, sendo na rentabilidade que é o valor que ele recebe oriundos do aluguel e na valorização do imóvel na futura venda”, detalha.

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