Mesmo quem não é muito ligado aos esportes com certeza já escutou a palavra beach tennis no último ano. Queridinho de muitas celebridades, o tênis de areia virou febre no País e não precisou de praia para isso. Cidades que estão longe do mar também aderiram ao esporte do momento através das quadras de areia. Segundo a Confederação Brasileira de Beach Tennis (CBBT), a organização registrou crescimento de atletas profissionais cadastrados durante a pandemia, passando de 2.500 para 5.500 pessoas.
Ser uma atividade ao ar livre e que não exige contato físico entre os jogadores foi um incentivador para aqueles que cansaram de se exercitar em casa ao longo da pandemia, mas que ainda não queriam voltar para as academias. Além disso, muitas pessoas deixaram de ver os exercícios como ferramenta para chegar a um padrão estético, mas sim como uma forma de autocuidado e fator essencial à saúde mental, pois os esportes ajudam a diminuir a ansiedade, divertem e distraem.
Goiânia também entrou na onda do beach tennis. A gerente da Orla Nutriex, Silvianne Brandão, destaca que na mais recente quadra de areia da empresa, em funcionamento no Stand 15W22, no Setor Oeste, existem seis turmas da modalidade e apenas uma de futevôlei, que tem mais adeptos nas quadras mais antigas da rede. “De um ou dois anos para cá o beach tennis está numa crescente, até porque é um esporte tranquilo, mais fácil de praticar”, destaca.
O diretor financeiro do Grupo GPE, Dário Oliveira, explica que a ideia de montar uma quadra de areia no stand de vendas foi de encontro com a proposta do residencial que será erguido no local, o 15W22. “Queríamos um espaço vivo e dinâmico e uma quadra traz isso, além de estimular o bem-estar. O empreendimento tem vários itens voltados para saúde, como a escada warm-up, piscina e a academia com a assinatura da Flex, pois o nosso público busca esportes e quer manter a saúde. Além disso, trouxemos essa novidade para o setor, que ainda não tinha uma quadra de areia”, pontua.
Origem
Com origem nos anos 80, na província italiana de Ravena, o beach tennis chegou ao Brasil somente em 2008, no Rio de Janeiro. Dados da Confederação Brasileira de Tênis afirmam que o país é a segunda maior força do mundo neste esporte, ficando atrás apenas da Itália. Calcula-se que o Brasil tenha mais de 200 mil praticantes amadores do esporte.
Uma mistura de vôlei de praia com o tênis, porém, sem as regras técnicas dessas modalidades, o beach tennis é um esporte muito dinâmico e considerado de fácil aprendizado. As partidas são disputadas em duplas e as regras se resumem basicamente em rebater a bolinha para o outro time, sem deixá-la pingar no chão. As raquetes são mais leves e menores do que as de tênis e as bolinhas possuem menos pressão, o que as tornam mais lentas ao serem rebatidas.
Silvianne Brandão conta que a procura da quadra montada no setor Oeste é bem dividida entre homens e mulheres. “O que percebemos também é que o beach tennis é um esporte familiar, tira da rotina e une a família. Não tem isso de só o homem ir jogar. Muitos vão com as esposas e levam os filhos, que ficam brincando no canto da quadra enquanto os pais jogam”, detalha ela.
A Orla Nutriex do Stand 15W22 oferece aulas de futevôlei e beach tennis nos períodos matutino e noturno com duração de uma hora. O local fica na esquina das ruas 15 e 22 e funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h, e aos finais de semana, das 8h às 14h. Silvianne explica que, no futevôlei, as aulas são para oito alunos, enquanto no beach tennis são seis.
“Temos turmas para quem está começando agora e para quem já tem alguma experiência. A pessoa pode se inscrever sozinha ou também fazer um grupo de amigos que montamos uma turma para eles”, detalha.
A gerente diz ainda que a quadra também pode ser alugada por hora para a prática desses dois esportes ou vôlei e a locação pode ser feita até por aplicativo.
O advogado Paulo Marcos Queiroz Resende é aluno da Orla Nutriex na quadra do Stand 15W22 e conheceu o beach tennis ao assistir a final da Copa do Mundo da modalidade entre Brasil e Itália, no ano passado.
“Eu resolvi procurar em Goiânia e me apaixonei, pois agrega não só exercícios, mas sociabilidade. É um esporte que merece visibilidade, como os outros de areia. Tive um pouquinho de dificuldade no início, mas não é difícil de aprender. E como moro no setor Oeste, essa quadra fica bem perto da minha casa”, detalha ele, que faz aulas desde dezembro às terças e quintas.