E-commerce pode diversificar exportação brasileira para China, diz estudo

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(CNN Brasil/Reprodução)

O comércio eletrônico pode ser um caminho importante para diversificar a pauta de exportações do Brasil para o mercado chinês, com a inclusão de produtos de maior valor agregado. Isso é o que mostra o documento “As Oportunidades e os Desafios para Empresas Brasileiras no Maior Mercado de E-Commerce do Mundo: a China”, desenvolvido e apresentado na quarta-feira (26) por Renata Thiébaut, que trabalha há 16 anos com e-commerce e transformação digital na China, numa parceria do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Klabin.

Conforme comunicado da CNA, a publicação traz o mapeamento das plataformas de e-commerce do país asiático, os modelos de negócio disponíveis, os setores que podem ser explorados e os desafios a serem superados para a entrada nesse mercado.

A autora do estudo, Renata Thiébaut, disse na nota que

“os chineses conhecem os produtos brasileiros. A tendência é de melhores oportunidades para o Brasil, porém, há desafios como a barreira cultura e o idioma. Por isso, não basta abrir uma loja online, tem que investir em marketing, mídia social e live streaming”.

Deborah Rossoni, da Apex Brasil, afirmou que a China é um mercado prioritário para a agência, que já vem desenvolvendo ações para acessá-lo, como um estudo em parceria com os Ministérios da Agricultura e Relações Exteriores para criação de uma Loja Brasil, espaço que servirá de vitrine para os produtos brasileiros.

De acordo com o estudo, os consumidores chineses têm pro­curado produtos alternativos, que contenham menos gordura e, portanto, menos calorias. Marcas brasileiras de carne, por exemplo, podem explorar snacks (lanches) ou versão carne-seca, em embalagens menores para serem transportadas mais facilmente, e versões magras, sem perder muito em proteínas e nutrientes.

A coordenadora de Inteligência Comercial da CNA, Sueme Mori, destacou ainda que há oportunidades no mercado chinês para vários produtos brasileiros como lácteos, café, snacks, citados no estudo, inclusive, setores que coincidem com os que participam do programa Agro.BR, promovido pela CNA e Apex Brasil para diversificar a pauta de exportação do agro brasileiro.

“Nossos produtos têm uma imagem positiva e atributos como sustentabilidade e saudabilidade. Há espaço para vários produtos explorarem essa imagem do Brasil, mas é um mercado extremamente competitivo. Por isso é importante conhecer o gosto do consumidor. Hoje o mundo está explorando essa brasilidade positiva e temos de aproveitar isso também”.

A carne desidratada brasileira (charque e porco) também tem grande potencial no mercado chinês. Frutas secas, nozes, castanhas, sementes e vegetais desi­dratados são tidos como produtos saudáveis, muito consumidos ao longo do dia.

Segundo o estudo, o conhecimento detalhado dos hábitos dos consumidores chineses online é um fator importante para a definição de produtos e uma eventual necessidade de adaptação, visando maiores possibilidades de geração de receitas.

“O açaí em pó, por exemplo, é geralmente consumido com água quente ou iogurte natural. O café instantâneo é o preferido devido à sua praticidade, a carne de frango em “tiras”, com baixo teor de gordura, é um produto com um excelente apelo para os consumidores preocupados com a questão da saúde, e o própolis em pastilha ou cápsulas tem uma saída maior que o spray”, diz o documento.

O estudo “As Oportunidades e os Desafios para Empresas Brasileiras no Maior Mercado de E-Commerce do Mundo: a China” está disponível para download na página do CEBC: https://www.cebc.org.br/download/9022/

Fonte: Broadcast Estadão

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