A alta na conta de energia e a preocupação com os recursos naturais, consumidores estão buscando alternativas. Uma delas é a implantação dos equipamentos de energia solar, que cresceu como nunca no Brasil.
“Houve um crescimento expressivo tanto na procura para projetos residenciais, quanto de usinas de grande porte e propriedades rurais ao longo de 2021, e a perspectiva para 2022 é extremamente positiva”, afirma Raimundo Nonato, diretor-presidente do Sicoob UniCentro Br.
Em 2021, o Brasil atingiu a marca de 678 mil residências com esse tipo de equipamento. Ano passado, Goiás chegou a quinta posição entre os estados brasileiros na geração de energia solar e Goiânia é a sexta cidade mais geradora no país.
A cooperativa financeira criou uma linha de crédito para o financiamento de projetos de energia fotovoltaica há cerca de três anos. A contratação da linha de crédito é rápida. Existe a necessidade de apresentar o projeto técnico e o financiamento é de até 100%, incluindo equipamentos e o serviço de instalação. A economia na conta de energia pode baixar a 95%, recuperando o investimento em alguns anos.
O recurso é liberado diretamente na conta dos fornecedores. As taxas de juros são a partir de 1,05% a.m., com carência de até 90 dias para começar a pagar, o prazo máximo de 72 meses. A instalação leva de 3 a 4 dias para um projeto residencial.
Como a linha de crédito abrange pessoas físicas ou jurídicas, visando a instalação de painéis fotovoltaicos e captação de energia, trata-se de um passo importante no caminho da democratização do acesso ao recurso.
“A possibilidade de financiamento desses sistemas de energia renovável possibilita que um maior número de cooperados possam aderir a utilização de uma energia limpa e sustentável. Além de incentivar a democratização, faz com que a cooperativa cumpra seu papel de interesse pela comunidade”, afirma Raimundo Nonato.
Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), a energia fotovoltaica gerada no país desde 2012 evitou a emissão de 13,6 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.
Mais informações
A energia solar viveu um ano histórico em 2021, com recordes na expansão da fonte por todo o Brasil. De janeiro a dezembro, foram gerados mais de 3,5 GW de potência instalada em residências, segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Trata-se de um recorde , que superou os 2,68 GW de 2020 e que ajudou o setor a alcançar a marca de 8,26 GW de potência instalada desde o início da operação da fonte no Brasil. Segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), os sistemas solares no Brasil já representam mais de 70% de toda a potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo e a maior da América Latina.
Em 2021, o Brasil também entrou para o grupo de 15 países líderes em capacidade instalada de energia solar no mundo. Dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Desde 2020, geração de energia fotovoltaica vem crescendo cerca de 230% ao ano no Brasil.