Evino e Grand Cru anunciam holding de vinhos de R$ 800 milhões

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(Crédito da imagem: Pixabay)

Em outubro do ano passado, o maior e-commerce de vinhos da América Latina, a Evino, anunciou a compra de 100% das operações da importadora, distribuidora e varejista número um dos vinhos premium da região, a Grand Cru. A junção dos negócios, que só em 2021 gerou receita de 700 milhões de reais, foi aprovada sem ressalvas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica em dezembro. Com a transação concluída, as marcas anunciaram nesta quarta-feira, 5, a criação de uma holding que já nasce como o maior grupo de varejo de vinhos importados do país.

Ainda sem nome definido, a holding servirá para colocar Evino e Grand Cru sob o mesmo guarda-chuva e estrutura administrativa. Ambas as marcas continuarão com seus nomes existindo no mercado da forma que é hoje, mas terão que responder à nova empresa que será criada. A expectativa é que a holding, que está passando por um processo de branding e integração que deve ser concluído até março, fature 800 milhões  de reais em 2022, com 20 milhões de garrafas transacionadas e um dos portfólios de vinhos mais completos do país.

A nova empresa será fundada como terceira maior importadora de vinhos do país, ficando atrás, apenas, da Wine, que assumiu o primeiro lugar nas importações após comprar a importadora Cantu por 180 milhões de reais em maio de 2020, e da Concha Y Toro, que ocupa a segunda posição.

“Nossa decisão foi que Evino e Grand Cru deixariam de ser empresas e passariam a ser marcas. Esse movimento foi feito para não misturar o posicionamento desses negócios. Entendemos que as marcas é que têm que prevalecer, e não haveria condições iguais se uma assumisse o controle da outra”, diz o atual CEO da Grand Cru, Alexandre Bratt, que foi o escolhido para ser o CEO da Holding que está nascendo.

Com Bratt como CEO, os fundadores da Evino, Ari Gorenstein e Marcos Leal, passam a fazer parte do board executivo do novo grupo. Gorenstein assume como conselheiro e advisor e Leal como conselheiro e CTO interino.

“Fizemos boas escolhas e tivemos um crescimento sólido e sustentável, por isso acreditamos que a união potencialize o crescimento das marcas”, diz Gorenstein. “A criação da holding é um projeto ousado de expansão nacional e de ampliação da capilaridade de atendimento aos clientes B2C e B2B, on e offline”, complementa Bratt.

Além do CEO e do board do conselho administrativo da holding, a companhia estruturou sua diretoria por marca (Evino e Grand Cru). Elas se dividirão unidades de negócio (BU, sigla em inglês). Cada BU responderá diretamente ao CEO.

Eduardo Souza, antes co-CEO da Evino, passa a assumir a diretoria da BU Digital. Completam as lideranças: Diego Bonassa (BU retail), Fabio Merlo (COO), Eurico Cruvinel (CFO), Maria Fernanda Trentini (Marketing), Leonardo Santos (Planejamento Estratégico), Rodrigo Anunciato (BU B2B) e Marcos Leal (CTO interino).

Segundo o CEO da nova holding, a nova empresa não impactará a jornada no cliente das marcas. “Para os clientes de ambas as marcas, nada muda. O que vai começar a mudar é como as mascas conversam, como as lojas físicas da Grand Cru poderá beneficiar os clientes da Evino e como o digital da Evino beneficiará os clientes da Grand Cru, por exemplo”, diz Bratt.

Atualmente, a Grand Cru conta 107 lojas físicas espalhadas pelo país, sendo 17 próprias e 90 franquias. Outras 35 deverão ser abertas até o fim no ano, o que deverá ajudar a reforçar o desejo da Evino de marcar mais presença no mundo físico com a ajuda de sua agregada. Também está no radar da Evino iniciar um modelo de franquias até o fim do ano, além de abrir a primeira unidade da Evino em um ponto físico. Apostando na omnicanalidade, as mascas esperam aumentar a receita em até 30% neste ano.

Fonte: Exame

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