Salário mínimo necessário dispara na pandemia e chega a R$ 6 mil

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O salário mínimo necessário em novembro superou em 5,42 vezes o salário mínimo (Leandro Fonseca/Exame)

O salário mínimo necessário para as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas, medido mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), subiu mais de 30% desde o começo da pandemia.

No mês de novembro, o valor chegou a 5.969,17 reais, segundo os novos números da organização, e o preço da cesta básica aumentou em nove cidades, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste.

O Dieese mede o que chama de “salário mínimo necessário”, em comparação ao salário mínimo nominal, que é pago atualmente no Brasil.

O salário mínimo necessário em novembro superou em 5,42 vezes o salário mínimo, que é de 1.100 reais desde janeiro.

A métrica do Dieese é feita com base no valor da cesta básica para uma família de quatro pessoas (com dois adultos e duas crianças), medida nas capitais, além do custo de serviços básicos como moradia, saúde, energia elétrica, entre outros (veja o relatório completo).

Para calcular o salário necessário nacional, o Dieese leva em conta a cesta básica mais cara do país. Em novembro, foi o caso de Florianópolis (cesta de 710,53). A cesta mais barata foi em Aracaju (473,26 reais).

Reajuste do salário mínimo

Para 2022, o governo divulgou que o salário mínimo será reajustado em 10%, para 1.210 reais, diante das projeções maiores de inflação.

O salário mínimo é reajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, além do crescimento do PIB de dois anos antes.

Com informações da Exame

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