Em Goiânia, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho acelerou para 0,92%, depois de ficar em 0,54% no mês anterior. Com isso, o índice atinge acumulado de 4,58% no ano, ultrapassando o acumulado de 2020, que fechou em 4,33%.
As informações foram divulgadas hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos nove grupos pesquisados, seis apresentaram variações positivas no mês de julho na capital goiana.
Os destaques estão para os grupos de Habitação (2,05%), com alta nos preços do gás de botijão (6,74%), décimo primeiro avanço consecutivo e energia elétrica residencial (5,33%), quarta alta no ano; dos Transportes (1,78%), puxado principalmente pelos aumentos dos combustíveis (1,38%); das Despesas pessoais (0,75%), com altas em alimento para animais (5,37%) e pacote turístico (3,95%).
Alimentação e bebidas subiram 0,64% no mês de julho, puxados pelos aumentos nos tubérculos, raízes e legumes (5,67%), carnes e peixes industrializados (4,68%), aves e ovos (2,01%), óleos e gorduras (0,91%) e leites e derivados (0,88%). Completam os grupos que tiveram alta Artigos de residência (0,49%) e Educação (0,06%).
Os grupos que apresentaram quedas em julho foram: Saúde e cuidados pessoais (-0,28%), puxado pelo recuo do analgésico e antitérmico (- 4,35%) e artigos de maquiagem (-4,33%); Vestuário (-0,03%); e Comunicação (-0,01%).
O subitem com maior peso na cesta de compras das famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos em Goiânia é a gasolina, que subiu 2,10% em julho. Assim, o item combustíveis acumula alta de 29,0% no ano e 53,75% nos últimos 12 meses.
Resultado nacional
No país, o IPCA de julho apresentou alta de 0,96%, a maior variação para um mês de julho desde 2002, quando o índice foi de 1,19%. No ano, o IPCA acumula alta de 4,76% e, nos últimos 12 meses, de 8,99%, acima dos 8,35% observados nos 12 meses imediatamente anteriores
Em relação aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas apresentaram variação positiva em julho. O maior índice foi registrado na região metropolitana de Curitiba (1,60%), influenciado pelas altas nos preços das passagens aéreas (39,92%) e da energia elétrica (11,34%).
Já o menor resultado ocorreu em Aracaju (0,53%), por conta da queda nos preços do seguro voluntário de veículo (-11,37%) e dos planos de saúde (-1,47%). Goiânia teve variação positiva (0,92%), pouco menor que a variação do país, que ficou em 0,96%, influenciado pelos preços das passagens aéreas (32,42%) e do tomate (20,24%).