Virada de ano é um momento de grande reflexão. O ano de 2020 foi tão diferente que para muitos nem parece que dezembro para janeiro é virada de ano, parece passagem de mês. O vírus da covid-19 nos incomoda que não dá para descansar, parar e pensar na vida. O mundo não será o mesmo enquanto, de uma vez por todas, este vírus, não fizer mais parte dos nossos problemas. E, por enquanto, ele ainda faz. E fez, durante 2020, quase o tempo todo – desde março, oficialmente, como pandemia.
Mas 2020 não foi só o vírus. Nossa indústria se mostrou forte, o desemprego não disparou, alguns investimentos de grande porte voltaram, a ferrovia destravou, o aeroporto se tornou internacional e agora será privatizado, a agroindústria foi uma das âncoras e, com desabastecimento de insumos, vimos que temos muito a corrigir no futuro, tanto na matéria-prima quanto na indústria da base – lembra quando falávamos de desindustrialização deste segmento anos atrás.
Nossa economia demonstrou força e união. Destaco o papel social das empresas durante a pandemia. Foi um capítulo especial. Milhares de ações realizadas, boa parte em suas comunidades, espontânea e anonimamente, sempre focada no bem estar social e no socorro a pessoas desamparadas pelo desemprego e renda, questões de saúde, entre outros. A resposta da sociedade como um todo foi valiosa, inspiradora. Pais, filhos e famílias inteiras, empresas, assim como todos que estiveram e estão na linha de frente do combate à pandemia, são exemplos de luta e de dedicação à vida. Fizeram a diferença. Nosso respeito absoluto.
No campo econômico, as empresas fizeram sua parte. Não deixamos a produção cair. Não tivemos registro de desabastecimento de produtos ou demissão em massa. Não tivemos surtos que fugissem ao controle social e que as próprias empresas não pudessem com suas equipes colocar em quarentena e dar assistência, porque a orientação foi tão firme quanto os protocolos e insistentemente ressaltamos que as tensas negociações com o poder público, que sempre agiu com seriedade pela vida, foram rígidas.
Repassamos cada passo do que era negociado junto ao poder público e acompanhamos as movimentações, sempre ficando disponíveis para atender demandas e dúvidas. Meses depois vimos que tudo deu certo e que a rigidez e o equilíbrio foram importantes para o êxito. Goiás foi um dos Estados com menos casos no País, mesmo que cada caso registrado e cada óbito é uma perda inestimável. E, em nome da ADIAL, solidarizo com todas as famílias que perderam seus entes nesta pandemia e registro nossa homenagem aos que hoje não estão entre nós, sempre serão lembrados.
Olhar para 2021 com otimismo é necessário. Vamos vencer esse vírus. O governo estadual prestes a ajustar as contas com um novo plano de renegociação das dívidas com o governo federal, com mais recursos para investir, e o setor privado com novas prospecções de investimentos para o Estado e um princípio de retomada do crescimento que pode chegar já neste novo ano, pode nos garantir uma recuperação econômica rápida, com geração de mais de 100 mil empregos em dois anos, e atração de alguns bilhões em grandes investimentos industriais.
O ponto positivo é que a economia goiana se uniu na crise e os agentes econômicos estão com o propósito de fazer a diferença pelo desenvolvimento. O foco é o mesmo e a determinação de todos, com a energia produtiva a favor da expansão da economia, vai transformar Goiás em um dos grandes polos de atração de novos negócios nos próximos anos no País. Converso com líderes de vários setores, tanto no público quanto no privado, e boas ideias e projetos não faltam – muitos já em execução. Seguimos muito otimistas com os caminhos de Goiás.
A ADIAL agradece o apoio irrestrito que recebeu, no ano passado, de seus associados. Em todas as demandas fomos atendidos, o que mostra o quanto estamos unidos no mesmo propósito. Uma entidade forte é aquela que o pensamento é único e as ações são proativas. A ADIAL se orgulha de ter associados tão presentes e proativos. Agradecemos aos diretores, que da mesma forma, dedicam-se aos seus compromissos com a entidade diuturnamente e com competência ímpar.
Aos colaboradores, já reconhecidos por toda nossa diretoria e por mim por sua capacidade e dedicação, e ao nosso presidente do Conselho de Administração, Otávio Lage de Siqueira Filho, nossa referência na direção da ADIAL. Obrigado e um feliz 2021 a todos.