Hotel Nacional é arrematado por R$ 93 milhões

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Após três leilões virtuais sem lances feitos, o Hotel Nacional foi finalmente arrematado. A Incorp Empreendimento Imobiliário, de São Paulo, fez uma oferta presencial após o prazo de realização da disputa, pagando – parceladamente – R$ 93 milhões. A homologação foi feita pela 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo na quinta-feira (29). Os recursos serão destinados para pagamento de credores da Petroforte Petróleo Ltda.

No total, três rodadas de lances foram feitas no portal da Mega Leilões. A primeira, ocorrida em 15 de outubro e com lance mínimo de R$ 185,2 milhões, não teve interessados. A segunda durou até 12 de novembro, com valor mínimo de R$ 129,6 milhões e novamente sem propostas. Encerrada terça-feira passada, a terceira fase ofertava o Hotel Nacional por R$ 92,9 milhões e nenhum dos nove participantes habilitados no leilão on-line fizeram propostas.

Segundo matéria publicada no portal Metrópoles, de Brasília, a Mega Leilões esclareceu que a empresa vencedora faz uma proposta de parcelamento presencialmente. “Na verdade, não houve lance à vista. Entretanto, no auditório presencial, na presença do MP (Ministério Público), do administrador judicial e do leiloeiro responsável, foi apresentada proposta de arrematação para pagamento parcelado, nos termos do edital de leilão”, explica a empresa em nota enviada ao site de notícias.

Confusão continua
A briga pela posse do empreendimento, contudo, deve continuar. Há chance do novo dono pagar, mas não levar, com a disputa indo prosseguindo nos tribunais. Isso porque o proprietário do imóvel é a família Canhedo, dona da finada Vasp (Viação Aérea São Paulo).

A família informou que ainda não foi notificada sobre o resultado do leilão. “Nós não recebemos essa informação. O hotel não é da Petroforte e ela não pode simplesmente vendê-lo. O que ela fizer vai ser impugnado”, disse Wagner Canhedo Filho, vice-presidente do Hotel Nacional.

Segundo o empresário, não há qualquer dívida do Hotel Nacional com a Petroforte. Portanto, o imóvel não poderia ser integrado à massa falida da distribuidora de petróleo. Em outubro, os Canhedo entraram com liminar pedindo a suspensão da venda na Justiça de São Paulo, mas o pedido foi rejeitado. (Hotelier)